quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Gente da Terra 01 - Parte 2










VIDA



Que valor poderíamos dar à luz do sol se não conhecêssemos as trevas da noite, que valor daríamos ao bálsamo se não existisse a dor?



Muitos, para entender o verdadeiro sentido da vida, precisam conhecer primeiro o infortúnio.

Quando ele chega, mergulham em seu interior, para numa meditação profunda se conhecerem melhor e saber quem realmente são.



Façamos uma reflexão, não absoluta sobre o tema.



Quem vive sabe que a vida é assim.



Às vezes se ganha, às vezes se perde.



Ganha-se com a fecundação, perde-se com a morte.

Ganha-se com sorrisos, perde-se com lágrimas.

Ganha-se com a paz, perde-se com a guerra.

Ganha-se com sonhos, perde-se com desilusões.

Ganha-se com vitórias, perde-se com derrotas.

Ganha-se com altruísmo, perde-se com egoísmo.

Ganha-se com amor, perde-se com o ódio.

Ganha-se com a esperança, perde-se com a desesperança.

Ganha-se com a fé, perde-se com a descrença.

A vida nos mostra:

Ganha quem doa

quem vê e ouve

quem perdoa

quem liberta

quem compreende

quem realiza

quem é justo

quem ama

quem renuncia

quem faz o outro sorrir

quem faz o outro feliz

Perde quem escraviza

quem acusa

quem faz o outro chorar

quem se faz de cego e surdo

quem magoa

quem destrói

quem odeia

quem não crê

quem é ganancioso

quem pratica injustiça

quem usa e abusa do outro

quem faz o outro infeliz





Nesta vida, o sonho de todos é ganhar, é vencer. Mas há necessidade de passar por cima dos outros para vencer, para ganhar?



Medite.



A gente ganha, a gente perde.



Há compensações.



Entretanto, ganha sempre quem segue os ensinamentos da Oração de São Francisco de Assis.

Falando sobre este assunto, nossa coluna, Gente da Terra, trouxe para perfilar, esta semana, uma personagem que vive para SERVIR.



É A IRMÃ SÃO CARLOS - Maria José Pereira - filha de Abílio Pereira e Maria José Drumond Pereira, que nasceu em Ferros, município de Itabira, MG, em 15/04/1927.



Foi uma criança muito alegre, peralta e feliz.



Era muito amada por todos, uma criança que cativava a todos pela delicadeza e facilidade de comunicar-se.



Fez as quatro primeiras séries do primeiro grau no regime de internato no Colégio em Conceição do Mato Dentro. Em seguida, transferiu-se para o Colégio Nossa Senhora da Piedade, em Belo Horizonte, dirigido pelas Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade. Ali, Maria José descobriu a sua vocação religiosa.



No ano de 1950, Maria José entrou para a Congregação a fim de consagrar a vida inteiramente a Deus. Em 1954, fez os primeiros votos de Pobreza, Castidade e Obediência. Desde então, sua vida tem sido de inteira doação aos irmãos mais necessitados, nos hospitais, asilos, creches.



Para melhor SERVIR, IRMÃ SÃO CARLOS fez vários cursos de aperfeiçoamento. Participou com grande empenho do Curso de Enfermagem na Cruz Vermelha, no Hospital das Clínicas em Belo Horizonte, tendo obtido ao final do curso, o Registro Federal.



Em 1968, fez o curso de Aperfeiçoamento, Especialização e Extensão, tendo recebido o Certificado de Extensão Universitária. Por sua participação no Curso de Orientação Social, também recebeu o Certificado da Escola Superior de Agricultura de Lavras, hoje, UFLA.



Fez ainda o Curso de Higiene e Saúde, na Faculdade Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo.



Qualificada, IRMÃ SÃO CARLOS é sempre uma pessoa disponível e generosa. Em todos esses anos de trabalho, conserva a disposição para SERVIR E SERVIR com alegria e muito amor. Serve a Deus na pessoa dos irmãos necessitados. A vida de união com Deus é o segredo da sua alegria e disposição para SERVIR, sem distinção.



Sua estada em Lavras é dividida em duas etapas. A primeira de 1964 até 1971 e a segunda de 1990 até a presente data.



São quarenta e dois anos de trabalho e missão.



Por onde passou, IRMÃ SÃO CARLOS prestou sempre um bom trabalho. Em Belo Horizonte prestou seu labor no Hospital Municipal e foi designada para prestar seu serviço às irmãs idosas e doentes, na Pampulha. Em Oliveira, trabalhou no Hospital da cidade. Esteve também presente com seus préstimos em Lambari e Sabará.



Em reconhecimento à dedicação e relevantes serviços prestados aos enfermos, recebeu o Título de Cidadã Oliveirense. Em Lavras, recebeu o Título de Honra ao Mérito, pela dedicação e responsabilidade no exercício de suas funções.



Seu trabalho, como o de suas colegas no Lar Augusto Silva (Asilo de Lavras), é feito no anonimato. Ali estão as irmãs: Conceição de Oliveira, Superiora da Comunidade e da Obra; Aparecida Aguiar, Assistente Social e Secretária; Olinta Claudino, Supervisora da Creche; Neide, Tesoureira da Obra; Reinalda e Gema, responsáveis pela Pastoral e Catequese; Judite Aires, no trabalho direto com os idosos; Rosa, Artesanato dos idosos; Noeme e Olinda, pelas Orações.



Seu trabalho, hoje, no Lar Augusto Silva é o de enfermagem aos irmãos idosos e doentes.



Tem sido para os idosos, uma filha carinhosa e dedicada bem como para todos os internos.



Nossa personagem faz parte da Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade, a mesma da IRMÃ BENIGNA, fundada pelo Monsenhor Domingos Evangelista Pinheiro, em 28 de agosto de 1892, no Asilo São Luiz, ao Sopé da Serra da Piedade.



Esta congregação foi fundada para minorar o sofrimento do povo faminto da Palavra de Deus, faminto de saúde e educação, faminto de amor.



No dizer do fundador, a razão do trabalho das irmãos é “SER TUDO PARA TODOS”.



Em Lavras, a Congregação das IRMÃS AUXILIARES DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE se faz presente, há quase cem anos, no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, nos Hospitais, no Asilo.

Que o Senhor abençoe este trabalho de desprendimento, abnegação e amor das irmãs que SERVEM aos idosos, às crianças, aos pobres, aos carentes.



A IRMÃ SÃO CARLOS é Gente da Terra.










ARTE: UM DOM DIVINO



Ela está em tudo. Desde o modo de viver até o criar de uma obra. Está na música, na pintura, no teatro, no cinema, na escultura, na literatura, no futebol. Ela representa idéias e sentimentos. Ela representa manifestações da alma.



Da primitiva até a Internet, a arte sofreu mutações infinitas de estilos em conseqüência da liberdade que governa a intimidade dos homens.



Quem não conhece, viu, ou ouviu falar de uma das obras de arte de Michelangelo, Leonardo da Vinci, Dante Alighieri, Saint Exupery, Strauss, Niemeyer, Francisco Lisboa, Villa Lobos, Beethoven, Mozart, Carlos Gomes, Bach, Brahms, Pelé e outros?



Quando assistimos a uma peça de teatro nos deleitamos com uma música, admiramos uma pintura, lemos um livro, ouvimos uma declaração poética, assistimos a um filme, contemplamos uma escultura, vemos um jogo de futebol, sentimos alegrias diferentes. Ficamos completamente envolvidos. Não temos palavras para expressar nossa satisfação e, então, apenas sentimos e vivemos a emoção.



Notamos que entre NÓS e o ARTISTA há uma aproximação tão grande que a harmonia e o equilíbrio nos gestos nas expressões, nas melodias, nas cores, nas formas, nas letras, nas falas transcendem e, momentaneamente, vivemos a sua imaginação, cujas abstrações e capacidade criativa exprimem sua habilidade, sensibilidade, perícia, técnica, beleza, talento, engenho, encanto porque - voltados, para dentro de si mesmos - materializam os sentimentos que muitas das vezes ficam contidos no íntimo das pessoas que somos nós.



Através da arte, o artista se comunica com o mundo exterior.



Todos nós que amamos e vivemos as artes, sabemos que elas propiciam à nossa vida uma fonte inesgotável de alegria e por isso lhes dedicamos algum tempo da vida, porque elas sabem captar e reter atenções com sua magia.



Vivemos agora o final do século XX.



Mesmo com essa vertiginosa evolução, aí está presente o homem para mostrar que a sua grandeza de criar está repleta de talentos, não perdendo, com isso, as raízes e características de ser humano dotado de aptidões e de sentimentos.



As obras de última geração extasiam-nos. O acesso à INTERNET, através de um toque na tecla do computador, mostra-nos uma verdadeira obra de arte. Em frações de segundos, falamos, vemos, ouvimos, enviamos e recebemos mensagens, fazemos negócios com o mundo.



É extraordinário admirar e sentir as verdadeiras obras de arte, pois nos enriquecem espiritualmente.



A arte é imortal, é uma verdadeira paixão que inebria os órgãos dos sentidos e daí, o amor que sentimos por ela.



Falando em arte, nossa coluna, hoje, traz para perfilar uma personagem descendente de família portuguesa, de grande sensibilidade artística, ligada às Letras, à poesia, à música e que, ao longo dos anos, vem dedicando sua vida à educação.



É A PROFESSORA MARIA CAROLINA BRASILEIRO DE CASTRO (CAROL), filha de Francisco Augusto Rica e Carolina Figueiredo Rica, nascida em 21/05, na Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro.



Sua infância foi vivida no bairro do Catete, perto do Palácio do Governo. Brincou e curtiu a meninice num tempo em que a parafernália da comunicação ainda não havia atingido o ápice e que as histórias eram contadas pelos avós. Sua diversão preferida era brincar de escolinha. Já naquele tempo havia feito a opção de vida.



Estudou as oito primeiras séries e o magistério no Instituto da Educação. Diplomou-se em Letras Neolatinas pela Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro.



Fez ainda cursos de piano, declamação e arte dramática, bem como diversas outras especializações, no campo lingüístico e pedagógico.



Cursou também pedagogia e pós-graduou-se nesta especialidade pelas Faculdades de Boa Esperança e Varginha.



Dos tempos de criança e juventude lembra-se com saudade de suas amigas Terezinha Elael e Palmyra Antonini que são madrinhas de dois de seus filhos e com elas mantém ainda constante contato.



Em 1954, conheceu lá no Rio de Janeiro, Dr. Sebastião Brasileiro de Castro, um advogado nepomucenense. Após cinco anos de namoro e noivado, casou com ele. Desse casamento nasceram os filhos Marcus, Valéria, Rogério e Augusto que constituem motivo de orgulho, estímulo e alegria de sua vida.



A família é, para nossa personagem, o pilar e o alicerce da sociedade.



Em 1961, o jovem casal fixou definitivamente residência em Lavras, sendo a professora Carol convidada, em1963, para lecionar na Escola Carlota Kemper, no Instituto Gammon, onde permaneceu até 1984.



Brilhante e sensível intérprete da poesia, manteve durante vários anos, cursos de Declamação, organizando inesquecíveis recitais e deles participando, em nossa cidade e cidades vizinhas.

Nossa personagem é professora na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras do INCA-UEMG, desde 1969.



É também professora de Português e Literatura na Escola Estadual Dr. João Batista Hermeto, desde a sua fundação em 1965, tendo assumido o cargo de diretora a partir de 1989.



Como diretora, deu um toque especial à Escola Dr. João Batista Hermeto, que está totalmente modificada e com um belíssimo visual. Há ali o dedo de uma administradora: uma quadra para a prática de esporte, bancos de assento ornamentados com flores, mesas para jogos de divertimentos, sala de vídeo, árvores ornamentais, biblioteca, oferecendo aos educandos um ambiente proprício ao estudo e recreação.



Preparar homens para o futuro é tarefa das mais difíceis, mas também das mais compensadoras.

Como professora, Carol deu parte de sua vida aos educandos e, como diretora, dotada de grande potencial de trabalho, equilíbrio, honestidade, espírito de liderança, ao lado de competentes auxiliares e de um extraordinário corpo docente, continua sua tarefa na arte de educar, naquela Escola, em cujo portão principal se lê o pensamento de um grande mestre:

“Em sua base alicerçamos nossa vida”.



O professor é muito pouco lembrado, mas as poucas lembranças são de qualidade e por isso guardadas no fundo da alma e do coração.



Em reconhecimento ao seu trabalho dedicado à educação, Carol tem recebido várias homenagens. Foi paraninfa por várias vezes, patronesse; recebeu diplomas comunitários, placas e outras.



Por uma vida inteira dedicada ao magistério lavrense, oferecemos à nossa personagem essa mensagem:



CHAVE



O mundo precisa de chaves

Chaves para abrir

Olhos que não vêem

Ouvidos que não ouvem

Bocas que não falam

Braços cruzados

Memórias guardadas

Corações trancados

Portas fechadas.

Chave

O mundo precisa de chaves

Você é a chave

Que abre os olhos da juventude deixando-os avistar o horizonte.

Que abre os ouvidos para ouvir os ensinamentos.

Que abre as bocas para proferir palavras de conhecimento e cânticos de liberdade

Que abre os braços para abraçar o ideal.

Que abre a memória para se lembrar dos fracos, humildes e esquecidos.

Que abre corações deixando-os arder na fé.

Que abre as portas da esperança.

Chave



O mundo precisa de chaves

Você é a chave

Abra tudo

Deixe tudo aberto

Tudo escancarado

Pois você é o artista

Que ilumina e faz este mundo melhor.



A PROFESSORA MARIA CAROLINA BRASILEIRO DE CASTRO é Gente da Terra.








Estamos vivendo as emoções dos Jogos Olímpicos quanto os atletas de todo o mundo, individual ou coletivamente buscam em suas modalidades esportivas vencer, quebrar recordes, subir ao pódio, ganhar medalhas de ouro, prata, bronze.



A mais cobiçada é a de ouro.



Não obstante aos acontecimentos da Olimpíada de Atlanta, os homens, verdadeiros atletas no seu dia-a-dia, também buscam suas medalhas, porque têm um imenso desejo de se realizar na vida através do estudo, do trabalho, de suas realizações na comunidade.



Aliás, que significado teria o competir e não compartilhar com os outros as emoções da vitória ou as tristezas da derrota?



Aristóteles, o grande pensador grego já dizia: “O homem é um animal político”. Isto é, o homem é um ser eminentemente social. Não é capaz de viver só. Só, a vida lhe é desgraçadamente infeliz. Para realizar-se plenamente, necessita dos outros seres humanos.



O homem é capaz de construir e realizar tudo, mas se ele não tiver amor, se ele não tiver alguém para compartilhar, de nada vale. Sente-se vazio, porque a suprema forma de se realizar e realizar a própria vida é o AMOR.



Nesta OLIMPÍADA DA VIDA, neste mundo de milhões de seres, o homem procura encontrar, além das conquistas intelectuais e materiais, a pessoa de suas aspirações e de seus sonhos. Alguém para ser seu confidente e companheiro em todas as horas. Alguém que ele possa amar e que o ame. Alguém que o complete, para subir ao pódio e conseguir uma família. Só, ele é um projeto inacabado. Completa-se na dimensão trinitária: pai-mãe-filho.



Por isso, diariamente ele faz GINÁSTICA para manter o corpo esbelto na tonicidade dos músculos, CORRE contra o tempo que é implacável com todos, SALTA os obstáculos e as dificuldades, faz REVEZAMENTO com os outros na corrida das conquistas, CORTA os maus presságios, BLOQUEIA a tristeza, ARREMESSA para longe a desesperança, no TIRO AO ALVO atira a flecha de Cupido em direção ao coração do outro, na busca de uma premiação que é o AMOR.



Esse amor que foi, é e sempre será a alma de tudo, porque ele é a entrega da vida para a vida do outro, é renúncia para completar e fazer o outro feliz.



Amor com o qual o homem constitui a família que o perpetua, projetando-o no passado através de seus ascendentes e, no futuro, pelos seu descendentes.



Nela o homem sente a verdadeira felicidade, quer seja na ternura da esposa, no carinho dos filhos, na solidariedade dos parentes.



Na família está o melhor e o mais adequado ambiente de vida - O AMOR, sinônimo da felicidade.

Nessa OLIMPÍADA, nossa coluna traz para perfilar o personagem que está no topo do pódio, recebendo sua MEDALHA, ao lado da esposa, com uma enorme satisfação pessoal e comunitária, do ser gente, à luz da família, onde há 63 anos vive em plenitude a vida, batendo recorde ao comemorar as BODAS DE BRILHANTE.



É O ADVOGADO DR. NÉLSON ALVARENGA FIGUEIREDO, filho de Joaquim Figueiredo e Amélia Alvarenga Figueiredo, nascido em Lavras, MG, em 19/09/1909.



Sua infância foi vivida em uma casa onde se localiza hoje a Assembléia de Deus, na rua Firmino Sales, antiga Rua Santo Antônio.



Na juventude praticou esporte e compartilhou com seus amigos José Santana, Gil Botelho, José Duarte e outros as delícias do viver.



Estudou as quatro primeiras séries do primeiro grau na Escola Firmino Costa. As quatro últimas, no Ginásio Santo Antônio, em São João Del Rei e o segundo grau, no Instituto Gammon. Curso de Direito na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, então Capital da República.



No período de 1928 a 1935, trabalhou na firma J. Figueiredo & Cia Ltda. de propriedade de seu pai.



Nesse interregno, mais precisamente em 25 de outubro de 1932, nosso homenageado casou com a professora Paula Michalick Figueiredo, mais conhecida como Paulinha, com quem teve a filha Maria Eunice Figueiredo. Tem 5 netos e 5 bisnetos.



Talvez não saiba, mas somos conhecedores do carinho e do amor que devota à sua esposa. Por várias vezes, já o vimos na calçada, defronte sua residência, tendo-a em companhia nos pequenos passeios matinais, onde os dois, de mãos dadas, recebem de Deus as suas bênçãos com os primeiros raios de sol que trazem a luz e o calor tão necessários à vida.



Com esse devotamento, com essa manifestação de carinho, celebra-se a família, o amor, a vida.

Em 1939, formado, retornou a Lavras para exercer as atividades comerciais na firma J. Figueiredo & Cia. Ltda., até 1948.



Em 1949, dez anos após formado, iniciou suas atividades profissionais como advogado e também como professor do Instituto Gammon.



Por sua capacidade profissional, em 1962, foi convidado para ser advogado da Caixa Econômica do Estado de Minas Gerais e ali fez carreira.



Foi Assistente Jurídico, Secretário e Chefe do Departamento Jurídico, Corregedor e Assessor da Diretoria Habitacional.



Em 1982, aposentou-se.



Dr. Nelson sempre foi um homem dedicado às causas comunitárias e por esta razão ocupou cargos em diversas instituições, prestando seus relevantes serviços.



Elcídio Grandi, um dos personagens de Gente da Terra, em seu livro prestou ao nosso homenageado um tributo.



“Toda a apoteose de um espírito vibrante e batalhador, eloqüente e forte, mora em seu peito moço, que desconhece o peso da letargia e a embriaguez de sonhos estacionadores.



Toda bondade de uma alma nobre e caritativa, altruísta e desprendida povoa o seu ser amigo e simpático, na exuberância dessa mocidade imorredoura que emana de você. Na sua pessoa nós vislumbramos a potencialidade espiritual e grandeza de coração que marcam, com seu indelével selo, o caráter dos grandes e sinceros amigos...



Você conhece as necessidades da nossa terra. Você vibra frente às altas realizações que trarão para Lavras os louros de triunfo de que é merecedora...



Você, raciocínio altivo, sabe com seus dizeres de causídico honrado, defender as causas do direito justo...



Você, nobre pai de família, sabe conduzir os seus, com a certeza de espírito e a bondade de coração peculiares à sua pessoa...



O MEU “EI” PARA VOCÊ.”



O escritor conhecia realmente suas potencialidades.



Dr. Nelson foi tesoureiro da 1ª diretoria do Lavras Tênis Clube, da Fundação Emília de Andrade, da 1ª Associação dos Ex-alunos do IG( Associação Gammonense). Sócio do Rotary Clube de Lavras e do Rotary Clube de Lavras Sul. Presidente do Clube de Lavras, da Associação Comercial, da Associação Olímpica de Lavras. Vice-presidente do Diretório do PSD. Vice-Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Lavras. Secretário da 17ª Subseção da OAB de Lavras. Primeiro gerente da agência do Banco da Lavoura em Lavras, hoje, Banco Real. Diretor do Aeroclube de Lavras.



Foi Vice-Prefeito de Lavras, 47/51. Suplente de Deputado Estadual no período de 1952 a 1956.

Por seus incontáveis serviços prestados à comunidade mineira, foi agraciado com os títulos: Diploma de Mérito Cívico conferido pela Cruz Vermelha Brasileira; Diploma de Honra ofertado pela Caixa Econômica do Estado de Minas Gerais; Diploma da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG); Paraninfo da turma de 1948, do Tiro de Guerra; orador da turma de 1928; homenagem do Comércio; homenagem em Livro do escritor lavrense Elcídio Grandi; outros.



Os fatos de sua vida são tantos que deixamos para os amigos de outrora a lembrança e a saudade de um tempo que não se finda.



Para o nosso personagem trouxemos uma mensagem que fala de perto sobre a razão de ser da existência humana.



O amor é o dom supremo (Coríntios 13).



Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.



Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.



E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda que eu entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.



O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se embevece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.



O amor jamais acaba; mas havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque em parte conhecemos e em parte profetizamos.



Quando, porém, vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.



Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.



Porque agora vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido.



Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três: porém o maior destes é o amor.

O ADVOGADO DR. NELSON ALVARENGA FIGUEIREDO é Gente da Terra.








UMA GOTA: UM GESTO DE GRANDEZA



A vida é feita de coisas simples mas, importantes.



No nosso cotidiano, quantas e quantas vezes recebemos uma gentileza. É alguém parando seu veículo no tráfego engarrafado para que a gente possa balizar o carro ou atravessar a rua; é alguém oferecendo, o lugar na poltrona; dizendo um bom dia; dando um sorriso; estendendo a mão; perguntando como vamos, fazendo-nos uma visita no infortúnio, quer numa doença ou na perda de alguém, no hospital, em casa ou mesmo no trabalho; orando e pedindo por nós; SERVINDO-NOS de alguma forma.



Nós que vivemos neste mundo maravilhoso encontramos muitas pessoas sensíveis, reconhecidas, educadas, que fazem favor e quando o recebem, agradecem e retribuem.



Diante dessas demonstrações de finesse, poucos são os que preferem a indiferença e o esquecimento.



Como a maioria temos o hábito de todos os dias dar graças a Deus e agradecer o dom da vida, a saúde, o dia, a noite, o trabalho, a família, os amigos, enfim, os ingredientes que dão este sabor extraordinário à sobrevivência humana, nessas pequeninas coisas que ocorrem no dia-a-dia.



É dignificante agradecer.



Ao contrário a ingratidão é prova de mesquinhez.



Sejamos todos grandes. Saibamos agradecer e a vida tornar-se-á muito melhor, porque vivemos no meio de coisas passageiras, provisórias e nossa estada aqui na terra também o é.



Olhando as coisas com amor, com fé, vemos que tudo é belo, que tudo é lindo, que tudo é importante.



Nós todos somos portadores dessas belas atitudes que recebemos diariamente.



Que tal sermos como essas pessoas que nos fazem felizes e abrirmos nossos corações para inundarmos os corações e as almas dos outros com uma grande quantidade de felicidade?

Os exemplos estão aí.



Os membros do Rotary são assim sem se mostrar, têm feito inúmeros trabalhos para que a população do mundo inteiro sorria de canto a canto. Um dos mais importantes e atual feito é o da parceira para erradicação da poliomielite na face da terra.



Quase ninguém sabe disso. Não importa. O importante é que o Rotary está fazendo muita gente feliz com aquelas gotinhas milagrosas que impedem a paralisia infantil.



Uma pequenina gota, UMA COISA SIMPLES, mas, SERVIDA, ofertada com AMOR por milhares de ROTARIANOS que trabalham no anonimato, em benefício da humanidade.



Falando em SERVIR em ROTARY, nossa coluna hoje, traz para perfilar, alguém do Rotary Clube de Lavras Sul.



É O ROTARIANO CELSO RODRIGUES, filho de Geraldo Marques de Oliveira e D. Sílvia Rodrigues de Oliveira, nascido em Itumirim, em 08/06/1941.



Sua meninice foi das mais salutares. Viveu os primeiros anos de vida, na região de Barro Vermelho, no Rosário, distrito de Itumirim. Ali, em companhia de Lourenço, Marques, Luiz, Sebastião, Netinho, Jacinto e tantos outros amigos, jogou futebol com bola de meia, soltou pipa, brincou de pique, passou anel, armou arapuca. Curtiu pra valer as delícias da natureza naquele local bucólico.



Estudou o primeiro grau, parte, no Rosário e outra, na Escola Estadual Castro Alves, em Itumirim.

Dentro de sua simplicidade de homem do interior, planejou dois objetivos para a idade adulta:

invernar bois ou ter uma empresa de transporte. Optou por esta última, sendo hoje um grande empresário do ramo, com as firmas CELPA E RODRIMAR, transportando cargas para São Paulo, Paraná, Goiás, Rio de Janeiro, enfim para todo o Brasil, nesta grande malha rodoviária.



A rigor e a bem da verdade, devemos fazer um registro muito importante pois nosso personagem além de empresário é um artista da música. Não foi à toa que aos 10 anos de idade iniciou sua trajetória como músico. Aprendeu inicialmente o cavaquinho. Chegou às vezes querer desistir porque de quando em vez era repreendido pelos músicos por estar tocando errado. Entretanto, perseverou e se tornou um grande músico.



Hoje, toca maravilhosamente cavaquinho, bandolim, além do violão trombone, acordeom. Sax, bombardino. É uma orquestra em pessoa e o mais importante, de um simplicidade sem igual.

Muitas coisas importantes aconteceram em sua vida. Em 08/06/65, casou-se com Hélia Baúti Rodrigues, com quem teve os filhos: Celso, Rosélia, Selma e Renato, este último nascido em Lavras.



Em 1970, Celso veio para Lavras e daqui não saiu mais. Embora itumirense considera-se um lavrense de coração.



Das pessoas, das pequenas grandes coisas que falamos no intróito de nosso artigo, ele é uma daquelas pessoas que, embora atarefado com seus negócios comerciais ainda tem tempo para levar um pouco de felicidade às pessoas através da música, na execução individual de seus instrumentos ou mesmo em companhia dos amigos.



Como artista não esquece que tocou na banda de Itumirim por muitos anos, em companhia do professor José Antero e dos músicos daquela corporação musical.



Aqui em Lavras, participa da banda Eutérpe Operária, há sete anos não só como músico, mas também como diretor.



Além das bandas, ainda se reúne com os músicos: Murilo, João Nogueira, Lázaro, César, Davi, João Custódio, Carlito, Irio, Toninho e tantos outros para levar alegria nas notas melódicas das músicas antigas e modernas, às casas de amigos, em tocatas ou serenatas, em restaurantes em praça pública, e o que mais nos sensibiliza, aos asilos, fazendo a felicidade dos idosos que muitas das vezes ficam ali esquecidos.



Como sabemos a música não tem idade, não tem fronteira, não tem pátria e os sonhos não envelhecem.



Ouvir Celso Rodrigues, individualmente ou em companhia de seus amigos músicos, é sonhar e viajar nas ondas das notas musicais que permanecem vivas e atuais em nossos corações, fazendo nos comemorar a vida.



Seu estilo de execução é próprio e agradável.



Como todo artista é sensível e emotivo.



O músico, o artista é assim mesmo.



Nasce com vontade de se doar, de SERVIR e por este motivo, há anos, Celso foi convidado para participar do Rotary Clube de Lavras Sul e é, até hoje, membro deste atuante clube de serviço, onde tem dedicado parte de sua vida aos serviços comunitários e um dos trabalhos que marcou ao lado dos companheiros, foi a compra e entrega ao Corpo de Bombeiros de Lavras, de equipamentos para salvar vidas em desastres automobilísticos.



Como brasileiro é também um apaixonado pelo futebol. Jogou no América de Itumirim e no Veteranos da Olímpica, mas o seu fraco é mesmo a música, embora não comprometesse no futebol.



Pelos seus inúmeros serviços prestados à comunidade tem sido alvo de muitas homenagens.

No Rotary Lavras Sul, foi homenageado com a placa “Rotariano do Ano”. Recebeu muitas medalhas de sócio 100% em freqüência, recebeu da Banda Eutérpe Operária um cartão de prata e da comunidade, tantas outras.



Para nosso personagem trouxemos uma página de Gabriela Mistral que retrata exatamente as pessoas das quais falamos no prólogo de nosso trabalho.



O PRAZER DE SERVIR



Toda a natureza é um anelo. Serve a nuvem, serve o vento, servem os vales. Onde haja uma árvore que plantar, planta tu; onde haja um erro que emendar, emenda-o tu; onde haja um enforco que todos evitem, aceita-o tu.



Sê aquele que afasta a pedra do caminho, o ódio dos corações e as dificuldades de um problema. Existe a alegria de ser são e alegria de ser justo; mas existe, sobretudo, a formosa, a imensa alegria de servir.



Como seria triste o mundo se tudo já estivesse feito, se não houvesse um roseiral que plantar, uma empresa que iniciar!



Que não te atraiam somente os trabalhos fáceis. É tão belo fazer a tarefa a que os outros se esquivam.



Mas não caias no erro de que só se conquistam méritos com os grandes trabalhos; há pequenos serviços que são imensos serviços!



Aquele é o que critica, este é o que destrói; sê tu o que serve!



O servir não é tarefa só de seres inferiores. Deus, que nos dá o fruto e a luz serve. Poder-se-ia chamá-lo assim: “Aquele que serve”.



E ele, que tem os olhos fitos em nossas mãos, nos pergunta todo o dia: Serviste hoje? A quem? A árvore ao teu amigo, à tua mãe?



O ato de servir reflete o espírito de mordomia, isto é, distribuição de bens que nos foram entregues por Deus não para que os usufruíssemos sozinhos, mas redistribuíssemos.



O ROTARIANO CELSO RODRIGUES é Gente da Terra.








ESPELHO & IMAGEM



É gostoso olharmos no espelho. O reflexo de nossa imagem causa-nos uma sensação de prazer, de alegria, de felicidade.



Quem não gosta de se mirar no espelho?



Todos os dias, ao levantarmos, ou mesmo no transcorrer desses, automaticamente nos olhamos no espelho. Sentimos uma necessidade imperiosa de nos ver refletidos naquela superfície polida e brilhante, para saber quem somos e como estamos. Se estamos bonitos, se estamos bem, se vamos agradar.



Será que quando nos olhamos naquele espelho nós nos conhecemos bem, sabemos quem realmente somos?



Talvez não, caso contrário não iríamos repetir a mesma operação todos os dias. Sabemos mais ou menos o que somos, mas não, como estamos naquele dia, naquela noite, naquele momento.



Chegamos, às vezes, e sabermos disso, talvez até mesmo por uma necessidade de afirmação, a olharmos em espelhos grandes, angulares, que nos fornecem diversas imagens da nossa aparência externa; rosto e corpo.



Na verdade, os espelhos, superfícies polidas que refletem a luz, refletem tão somente o externo, o aparente que, na maioria das vezes, encobre o nosso eu, a nossa verdadeira identidade.



Não pensemos que o espelho é um objeto só dos tempos modernos, que só temos necessidade e o privilégio de nos olharmos. Claro que não. Os antigos já sentiam essa necessidade e buscavam suas imagens refletidas na água ou mesmo nos espelhos. Também eles queriam saber quem eram e como estavam.



Que tal olharmos agora no espelho interior de nosso ser, o nosso eu, a nossa consciência?



Será que somos tão bonitos quanto a nossa aparência externa, de rosto lindo e de corpo bem feito com contorno delicados?



Ou será que iremos refletir uma imagem distorcida como nos espelhos curvos, diferente daquela que externamente apresentamos?



As pessoas que convivem conosco fazem avaliação e traçam o nosso perfil pois, somos o espelho de nossas ações no dia-a-dia. Sem querer, sem saber, nos mostrarmos e refletirmos a nossa imagem com atos e ações.



Que o espelho da nossa vida reflita a nossa verdadeira identidade, o nosso servir, o nosso repartir com o próximo, não que nos sobra, mas, aquilo que ele precisa, a nossa solidariedade, a nossa amizade, o nosso amor.



Que as imagens refletidas nesse espelho sejam como as cores vivas do Arco-íris, ou das flores coloridas da primavera que chega e que todos gostam de admirar.



Que essa superfície polida, reflita não só a nossa aparência externa mas também e, principalmente, o nosso interior com nossa vocação de AMAR, PARTILHAR, SERVIR.



Olhando o espelho, vemos a imagem do personagem que Gente da Terra trouxe para perfilar hoje, refletindo seu trabalho artístico de marceneiro.



É o ARTÍFICE MARCINEIRO FERNANDO FRASSON, filho de Gulielmo Frasson e D. Graciola Faccio, nascido na província de Vicenza, Itália, em 10/07/1929.



Sua infância foi vivida em sua terra natal comune di Montecello Conte Otto, junto aos irmãos: Lívia, Mário, Maria, Bianca, Ciro e dos amigos Rino, Ismaeli, Valter, Gino e outros.



Quando menino gostava muito de nadar, andar de bicicleta, jogar futebol, boccié (boliche) e, sobretudo, cantar.



Estudou o primeiro grau, na escola de Montecello. Fez ainda curso de desenho de Ornato (plantas e figuras), e de escultura em madeira.



Começou a trabalhar com 14 anos, na empresa Artífice de Madeira.



Em 1943, época da Segunda Guerra Mundial, ainda adolescente, foi convocado pelo exército, para edificar, pontes, estrada de ferro, fechar buracos de bombardeios e produzir gás para alimentar os veículos, ao lado de outros jovens e pessoas com mais de 55 anos.



Um detalhe: na guerra, o “front” (zona de frente) era ocupado pelas pessoas de 18 até 55 anos de idade, daí, o trabalho de retaguarda dos mais jovens e mais idosos.

Fernando sofreu as agruras da guerra suportando os ruídos dos bombardeios, das rajadas de metralhadoras, dos tiros dos canhões.



Quem não conhece a história da Segunda Grande Guerra Mundial? Quem não se lembra de: Mussolini, Hitler, Franco, Salazar?



De maio de 1945, final da guerra, até 1949, nosso personagem voltou a trabalhar como artífice de marcenaria. Outra vez foi convocado, agora, para o serviço militar, permanecendo até 1952. Daí foi chamado para fazer parte da força da ONU. Deu baixa em 1953.



Em 1955, por informação de um primo, fez um concurso na Itália, para trabalhar na escola profissional do Colégio São José, em Pouso Alegre, MG, como imigrante, tendo sido aprovado.



Chegando ao Brasil, permaneceu em Pouso Alegre até 1956, quando se transferiu para Lavras, para lavorar como Hugo Grincoli, em uma marcenaria e mais tarde com Dr. José Unes.



Em 1960, comprou desse último, a oficina de marcenaria onde era empregado, e com a qual continua até hoje. Marcenaria e Carpintaria São Diogo.



Ao lado de Joaquim e Vicente, que foram seus sócios no passado, deu muito empregos e fabricou uma infinidade de móveis, arcas, cofres, portas, janelas, esquadrilhas, painéis, num verdadeiro sacerdócio do lavrar e trabalhar a madeira.



No mês de maio de 1960, numa festa do Dia das Mães, no Clube dos Comerciários, foi chamado a cantar. Ali, ficou conhecendo e encantou a pianista e professora Martha Moreira Santos Frasson, que veio mais tarde a ser sua esposa. O casal teve os filhos: Guilherme (gerente da Copasa em Itajubá) e Maria da Conceição (médica que faz hoje especialização na França). A esposa e os filhos são lavrenses e ele, embora italiano de origem é lavrense de coração.



Tem 41 anos de Brasil e 40 de Lavras.



É um apaixonado pela música, pelo trabalho que faz, por Lavras e pela Itália.



De vez em quando faz uma viagem para rever seus entes queridos e amigos de lá.



Ouvi-lo falar de beleza dos monumentos arquitetônicos como a Basílica da Praça Dei Signori, Teatro Olímpico, (1580), Santuário da Madona de Monti Bérico, Maróstica, Palácio do Conde Porto, Palácio de Rigon, Castelo de Montechio, de Romeu e Julieta, todos na província de Vicenza e de várias outras como Coliseu (primeiro estádio coberto do mundo), do Fórum Romano, das praças de extraordinária beleza de Roma; Capela Sistina do Vaticano; Teatro de Arena de Verona; Veneza, cidade construída sobre as águas; Santo Antônio de Pádua, é sentir as emoções do velho mundo, das histórias fantásticas e do berço de cultura.



Dos países americanos, europeus e, especialmente da Itália, através das comunicações, passarmos a conhecer, a aprender, sua cultura, seus usos e costumes, suas músicas, e a deliciar seus alimentos e bebidas típicos.



É apetitoso saborear: uma lasanha, um espaguete, um canelone, um risoto, uma pizza. As massas, os vinhos, brancos ou tintos, a grapa, são de dar água na boca. Mesmo aqui no Brasil ou em Lavras, quem não gosta de uma deliciosa macarronada regada a um bom vinho, ou outra especiaria italiana?



Em Cavazale, comunidade de Vicenza, onde ainda vive a família Frasson, podemos degustar esses alimentos típicos. É um lugar maravilhoso. Sua gente é por demais hospitaleira. Aliás, o italiano é muito agradável e muito sentimental.



É bom ficar ouvindo nosso personagem falar da Itália porque viajamos com ele em suas histórias.

Fernando, o Vicentinho, é o artífice marcineiro mais antigo de Lavras.



Além do exercício de ofício, nosso personagem como maçon, ao lado de Abílio Tícle, João Lacerda, Biavate, Abnel Bianchini, Geraldo Moreira e outros, ajudou a construir o prédio da Loja Maçônica de Lavras, Deus e Caridade Sétima.



Pela excelência de seu trabalho profissional, foi homenageado com um diploma de Qualidade Total.



Tem em Lavras, um grande rol de amigos.



A simplicidade é característica marcante de sua personalidade e de sua vida.



Pelo seu porte físico é carinhosamente chamado por seus amigos de “Fernandão”.



Para nosso personagem trouxemos uma página de Constâncio Vigil. (Acrópole 1/05/77 - pag. 7).

Trabalho e Fé.



Elege teu largo caminho - o caminho do trabalho e da fé.



A melhor coisa que encontrei no mundo foi o trabalho. Que cada qual na sua tarefa, sirva a Deus.

Sem trabalho não há descanso. Os que só desejam descansar, quanto trabalham para conseguí-lo.



Qualquer trabalho lícito pode ser meritório para o Divino Juiz. O mérito depende do trabalhador. Dá o bom sua bondade em magna ou humilde obra realizada com amor, a que juntou o que não se paga.



Acreditais que há alguma coisa fácil na vida? Prova-o com o que mais fácil podes fazer: beneficia a alguém.



Seja teu trabalho tua prece a Deus!



O ARTÍFICE MARCINEIRO FERNANDO FRASSON é Gente da Terra.








PASSADO - PRESENTE - FUTURO



Neste corre-corre do dia-a-dia, nesta busca infindável, passamos a vida construindo o nosso futuro e o futuro dos nossos filhos, nos esquecemos do hoje.



É um grande erro.



Não podemos nos esquecer. O dia de ontem, já foi hoje. O hoje, amanhã, será o ontem e, se houver amanhã, será o hoje.



Viver o hoje, o agora, é de suma importância. Não devemos renunciar o presente. Devemos vivê-lo intensamente como se fosse o último momento de nossa vida, pois, amanhã, estará ligado à nossa memória como um suave alento de nossas fantasias e de nossas conquistas.



O mundo moderno, com sua tecnologia de ponta, tem exigido de todos nós uma maior disponibilidade e um melhor aprimoramento para os embates da vida.



A prova disso está no planejamento.



Diariamente, ao nos levantar, já estamos com a agenda na mão planejando o futuro. Quer seja próximo quer seja distante. São reuniões, viagens, palestras, trabalhos em escritórios, consultórios, comércio, fábricas, indústrias, escolas, bancos.



A noite fica por conta dos compromissos sociais que são importantes e muitas vezes, nos dão “status”, notoriedade, junto a sociedade pela divulgação nos órgãos de imprensa.



O final do dia, ou melhor, no final da noite, nossa agenda não foi totalmente cumprida, embora tenhamos deixado de almoçar com nossos familiares, de ter ido à escola levar ou buscar as crianças, dialogar com a(o) esposa(o), com os filhos, e, ainda, tenhamos trabalhos para serem executados na madrugada. O dia tornou-se pequeno para o cumprimento da agenda.



Esta é a rotina dos tempos modernos.



Ficamos à espera de um novo dia para cumprir nossos compromissos, fazer mais negócios, ganhar mais dinheiro, comprar mais coisas, enriquecer nosso patrimônio material.

Mas aí vem a pergunta.



E se não houver o amanhã?



O que será de nós que NÃO TIVEMOS TEMPO para nosso(a) companheiro(a), nossos filhos, nosso familiares, nossos amigos, para nós mesmos, que não conseguimos viver os sonhos que sonhamos?



De que adianta ter todos estes bens, todas estas riquezas materiais, ajuntados nesta luta desenfreada na construção do futuro, muita das vezes até passando por cima dos outros, sacrificando-os?



Serão melhores do que sentir no presente, no aqui e agora, o sorriso de alguém?

Do que olhar e ver o crescimento dos filhos? Do que a felicidade do(a) esposo(a), dos familiares, dos amigos?

Do que assistir no estádio ou mesmo pela televisão as emoções de um jogo do time querido?

Do que sentar numa roda de amigos, jogar prosa fora, deliciar, degustar aquele tira gosto apetitoso, aquela bebida no ponto? Do que hipotecar solidariedade ao próximo? Do que criar uma escola? Do que refletir um texto bíblico? Do que receber das pessoas queridas a maior riqueza de todas, que é o AMOR?



Se não houver amanhã, qual futuro estaremos construindo?



Haverá futuro se estivermos aqui para vivê-lo, e este futuro é o hoje, é o agora. Abracemo-lo com prazer e orgulho por estarmos vivendo-o.



Construir o futuro é planejá-lo, mas, não esquecer de viver o hoje, o agora.



O ontem, já foi hoje.



O hoje, amanhã será ontem.



O amanhã, será o hoje.



Falando em passado, presente e futuro, nossa coluna, traz hoje, para perfilar, o filho do instalador da ESAL, hoje, Universidade Federal de Lavras.



É O ENGENHEIRO AGRÔNOMO DR. BENJAMIN HARRIS HUNNICUTT JÚNIOR, filho de Dr. Benjamin Harris Hunnicutt e Nannie Kolb, nascido em Lavras, no dia 07/07/1917.



Sua infância e juventude foram vividas na grande chácara do Instituto Gammon, onde nasceu esta extraordinária Universidade Federal de Lavras (Antiga ESAL), ao lado de grandes e inesquecíveis amigos.



Estudou parte do primeiro grau no Colégio Carlota Kemper, em Lavras, e parte no Guinter Park Grammar School, Richmond, VA, USA. O segundo grau, no Colégio Batista de Rio de Janeiro e no Ginásio Municipal de Lavras, Instituto Gammon.



O Curso Superior de Engenheiro Agrônomo, na Escola Agrícola de Lavras ( ESAL).



Pós-graduado, na Agricultura School, na University of Florida, Gainesville, Florida, USA.



Formado, iniciou sua vida profissional.



Foi speaker para a estação WRC da National Broadcasting Co., New York-USA; Professor de Agricultura Geral e Especial, na Escola Prática de Agricultura “José Bonifácio” - em Jaboticabal-SP; Especialista de Produção na Comissão Inter-Americana de Produtos de Gêneros Alimentícios do Ministério da Agricultura no Rio de Janeiro, Manaus e Belém; Gerente de Fazenda de Criação de Gado Holandês, em SP; Gerente da Sociedade de água Corona Ltda., em Guarulhos, SP; Gerente de Vendas de Vias e Viaturas S/A, RJ; Especialista na venda de equipamentos rodoviários, terraplanagem e asfalto; Oficial de Gabinete da Secretária da Agricultura do Estado de SP; Sócio da Refloresta; Assistente de Vendas da Lark S/A; Controller Máquinas da Guedes, S/P; Assessor da Diretoria Motovel S/A, em S/P.



Participou de viagens aos Estados Unidos como representante da União Cultural Brasil Estados Unidos, como acompanhante da caravana composta de 50 membros: professores, formandos engenheiros agrônomos da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz, da Universidade de São Paulo. Participou ainda de vários cursos, seminários e outras viagens aos Estados Unidos e Brasil.



Em 14/12/1940, casou-se com Esther Homem Hannicutt. Deste casamento nasceram os filhos: Ízzie Grace, Esther, Benjamin Harris Hannicultt Neto e Ethel.



Como membro atuante da comunidade, além de suas atividades profissionais, fundou juntamente com sua esposa, dois grupos de escoteiros. Um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo. Adestrou mais de 700 chefes de escoteiros de diversos estados brasileiros e de países da América do Sul. Foi tesoureiro, comissário e, finalmente, presidente do Club Anglo de escoteiros em São Paulo.



Nosso personagem, como não podia deixar de ser foi um rotariano. Pertenceu aos Rotary Club de Jaboticabal e Guaratinguetá, e, sempre que está aqui visita o Rotary Club de Lavras Sul. Seu lema, também como o de seu pai é SERVIR.



Seus Hobbies são: Filatelia, coleção de miniaturas de trens elétricos e jogar tênis.



Pelos seus trabalhos à comunidade foi agraciado com:



Medalha da Federação dos Bandeirantes do Brasil - RJ; Diversos Troféus da ESAL; Medalha comemorativa do Centenário da Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie, SP; outros.

A vida do nosso personagem tem muito a ver com o que escrevemos no prólogo de Gente da Terra.



Em seu livro “80 anos a Escola Superior de Agricultura de Lavras”, ele narra com muita propriedade.



Comemorando 80 anos de fundação da Escola Superior de Agricultura de Lavras, Minas Gerais, fui surpreendido por um telefonema me convocando para relatar a História da ESAL, o que deveria caber ao nosso querido amigo Sílvio do Amaral Moreira (Bi Moreira), grande historiador, fecunda memória, jornalista e profundo conhecedor da história da ESAL.



Mas, como filho de Benjamim Harris Hunicutt, não pude me negar.



Falar da ESAL é relembrar os primórdios do tempo, quando eu, que já sou “setentão”, nem ainda havia nascido.



É falar da vida de idealistas norte-americanos que deixando sua pátria e familiares, vinham para tão longe, não em busca de riquezas materiais, mas trazendo riquezas espirituais; transmitindo não só conhecimentos, mas também muito amor. É falar de uma grande família, cujo lar ultrapassa as montanhas, serras e rios, cujos filhos surgiram do nordeste ao sul, amantes da terra. (Grifo nosso).



As comunidades: Gammonense, Esaliana e Lavrense, são gratas às famílias Hannicutt e Gammon.



Edificar uma escola é como plantar uma semente num solo fértil, é acreditar na educação de um povo, é acreditar numa vida melhor, é acreditar que o conhecimento supera as riquezas materiais.

Lavras, “Terra dos Ipês e das Escolas” , justifica seus slogans porque, aqui, como afirmou Assis chateaubriand, “Se respira um ar de Cultura”.



Seus amigos, que são incontáveis ficam aguardando o aniversário da ESAL, do GAMMON, de LAVRAS, ou alguma atividade festiva do ROTARY, para revê-lo e matar a saudade. Sua presença em Lavras é motivo de alegria e felicidade.



Para nosso personagem um pensamento de sua autoria com respeito à ESAL.



“De uma pequena semente, nasceu e frutificou uma grande árvore”.



Universidade Federal de Lavras.



O ENGENHEIRO AGRÔNÔMO DR. BENJAMIN HARRIS HUNNICUTT JÚNIOR é Gente da Terra.








Acorde para a realidade.



Valorize a vida, valorize o próximo.



Que tal começarmos o dia com o coração cheio de humildade, bondade, fé, espontaneidade, amor ?



Começar o dia com um sorriso nos lábios e com o brilho da felicidade nos olhos para mostrar àqueles que nos cercam que é bom viver até mesmo nas adversidades que a vida nos apresenta pois, ali, as pessoas se reencontram.



Começar o dia com vontade de SERVIR, de se doar, muito mais do que receber.



Iniciar o dia mostrando às pessoas dentro da nossa própria casa, da nossa família, nos diversos ambientes e pelas ruas da cidade, que estamos de bem com a vida, passando otimismo, confiança, força, paz, animando, repartindo alegria, motivando com vibrações, com mensagens positivas, fazendo-as sen­tir pessoas, gente.



Iniciar o dia sabendo que vamos encontrar pessoas com essa mesma disponibilidade, com essa mesma vontade, com esse mesmo desejo, e que também estarão esperando por al­guém, em algum lugar, como nós. Há sempre alguém necessitando de alguém. Há sempre alguém ensinando e aprendendo com alguém, pois não há ninguém tão rico que não tenha algo a receber ou tão pobre que não tenha alguma coisa a oferecer.



Quantas e quantas vezes, embora vivendo em metrópoles, megalópoles, no meio de uma grande multidão, ou mesmo em cidades de pequeno porte, sendo dotados de todos os recursos materiais, nos sentimos ilhados, a sós, com uma necessidade enor­me de sermos ouvidos, mas, as pessoas não têm tempo, e essa fal­ta de tempo tem impedido que isso aconteça e, aí, nos sentimos solitários.



Queiramos ou não, todos nós, por mais fortes e poderosos que aparentamos ou sejamos, na realidade nos tornamos reféns frágeis entre um momento ou outro da vida e, nessas ocasiões, ficamos com coisas perturbando nossas mentes. Sem demons­trarmos, na intimidade de nosso ser, sentimos carências as mais variadas mas, as afetivas, essas transcendem, e, quando vêm, nos sentimos acuados, desprotegidos. Para vencê-las, nada melhor do que ter alguém com sensibilidade, que tenha um tempo, que saiba ouvir com interesse, que saiba ser solidário, que saiba entender, que tenha uma palavra confortadora, que saiba alimentar nossa esperança, na desesperança.



Como é bom ser ouvido, ser bem tratado, ser bem recebido, seja com um sorriso, com um aperto de mão, com um tapinha nas costas ou com palavras gentis !

A vida assim, passa a ter mais sentido e nós sentimos que realmente somos nós mesmos.

Para se ter uma vida assim é só esquecer o egoísmo, a vaidade, a inveja, o ódio, a arrogância, a falsidade, a injustiça, o materialismo.



É só passar a ter tempo para SERVIR.



SERVIR o pobre, o rico, o idoso, o jovem, a criança, o enfermo, o encarcerado, o esquecido, o injustiçado.



Aparentemente, o tempo, enquanto o vivemos, é nosso. Podemos dele dispor como desejarmos.

Para não nos sentirmos às vezes carentes, vazios, desiludidos, solitários, a sós no meio da multidão, neste tempo que a vida nos oferece, sejamos a seiva que alimenta os sonhos de esperança, espargindo, irradiando por todos os cantos, a ALEGRIA, o AMOR, o SERVIR.



O dia está começando.



Não sejamos apenas pessoas de ocasião.



Sejamos solidários, permanentes, verdadeiros.



Falando em reciprocidade, nossa coluna hoje, traz para perfilar, alguém que se sente feliz por fazer o próximo feliz quer no seu ofício, quer na comunidade.



É O DIAGRAMADOR EUGÊNIO PACELLI DE OLIVEIRA, filho de Iracides de Oliveira e Carmélia de Paula Oliveira, nas­cido em Lavras, em 22/05/l959.



Pacelli nasceu numa casa da zona norte da cidade, no bairro industrial, nas imediações da Companhia Fabril Mineira, indústria que tantos empregos gerou às famílias de nossa comunidade e tantas alegrias nos deu com seu time de futebol, Fabril Esporte Clube.



No seu tempo de criança foi um autêntico peladei­ro(jogador de futebol). Quando não estava em casa, estava nos campos de várzeas, jogando seu futebol em companhia de amigos.



Estudou as quatro primeiras séries do 1º grau, na Escola Estadual Francisco Sales. No final do quarto ano, resolveu parar de estudar para trabalhar, mas, uma mão amiga lhe foi es­tendida pela professora Luiza Giarola Almeida que o incentivou e o convenceu voltar a estudar o que acocnteceu três anos depois. É grato a ela, e não se esquece também de sua primeira professora: Mirna Pereira Barros, e a do quarto ano, Maria Lúcia Coelho.



Fez as quatro últimas séries do primeiro grau, no CNEC, Campanha Nacional de Ensino da Comunidade. Ali, além dos conhecimentos que adquiriu, manteve uma convivência salutar com os professores, colegas e com os diretores: Sebastião Teixeira Campos, Lígia Rosali Fabrini, Nivalda Duarte Teixeira, Roldão Andrade Júnior. Lembra que nessa época, o Capitão Paulo Benjamim Mendes já estava à frente daquele educandário e dava mostra de sua capacidade administrativa.



O segundo grau foi feito no Colégio Nossa Se­nhora Aparecida, colégio de tantas tradições culturais que, du­rante sua existência manteve, além de um grande corpo docente, grandes diretores que seguiam a filosofia da escola: " Men san in corpore sano".



Filho de família humilde, muito cedo teve que trabalhar. Quis o destino que aos doze anos de idade, ele fosse trabalhar como dobrador de jornais na Tribuna de Lavras. Quem o conduziu até lá, foi seu pai,( o Dinho), aposentado da Cia. Fa­bril Mineira mas que prestava e ainda presta seu labor na Tribu­na.



Ao chegar, Edinho, o responsável naquela épo­ca pelas oficinas do jornal, viu naquele garoto franzino que ele prometia muito e o seu futuro era promissor, não só na carreira artística, mas também como uma das futuras molas mestras do jor­nal.



Foi realmente o ponto de partida.

Começou, ali, então, a vontade e o desenfrea­do gosto para fazer a composição do jornal e, juntos, Edinho e Pacelli, num pequeno espaço de tempo se entrosaram no trabalho. Vendo sua dedicação, o mestre foi aos poucos, ensinando-lhe, a montagem das páginas. Um pouco mais tarde, passou a dedicar-se a correção nas composições, transformando-se num expert revisor, dentro de seus limites. Ainda hoje, Edinho o acompanha nas revisões.



Apaixonou-se realmente pelo trabalho que fa­zia e faz, e, com obstinação, determinação, mirando-se nos mes­tres do jornalismo como Edno Tubertini (Edinho) o qual considera o Mestre das Artes Gráficas das Minas Gerais; no Áureo; no Bi Moreira; no Dr. Hugo de Oliveira; no fundador e incansável Luiz Gomide, José Eduardo e outros, aos poucos, palmilhou os caminhos para chegar onde chegou depois de 25 anos de serviços prestados ao jornalismo.



A razão pela qual Edinho está posando ao seu lado na fotografia, é uma forma de agradecer a quem muito o ensi­nou, repartindo com ele a homenagem que recebe.



Hoje é o diagramador, paginador, revisor, responsável pela composição deste semanário que enfoca as notí­cias de Lavras, da região, do Brasil e do Mundo.



Com isso, Pacelli continua o trabalho da im­prensa que foi iniciado aproximadamente no ano de 97l de nossa era, pelos chineses utilizando blocos entalhados e na Europa por volta do século XV.

Embora os Jornais de grande circulação atual­mente sejaiconfeccionados em "Off Set", muitos continuam com o sistema de linotipagem, acoplado ao " Off set". A diferença en­tretanto, está em que, hoje em dia, os tipos de chumbo depois de utilizados, são derretidos e outros novos são fundidos.



É o primeiro a chegar e o último a sair do serviço. É a mola mestra da equipe do Luiz Gomide e José Eduardo. Traçando um paralelo de comparação, podemos dizer que o persona­gem que perfila essa semana em nossa coluna é, para o Jornal Tri­buna de Lavras, o mesmo que o alicerce de sustentação o é para um edifício.



Sua vida social é discreta. Curte muito a fa­mília e sua casa, quando não está trabalhando.



Em 11/01/92, casou-se com Maria do Carmo Sil­va, com quem vive uma eterna lua de mel.



Católico que é, participa com ela da equipe responsável pelo Encontro de Noivos, da Paróquia de N. S. Auxilia­dora.



No esporte, é um apaixonado pelo Fabril. Vi­brava, torcia pra valer quando este disputava o campeonato minei­ro e até escrevia alguns artigos no jornal. Quanto ao Atlético e ao Flamengo, é um autêntico torcedor de carteirinha.



No carnaval, participou por vários anos dos desfiles da Escola de Samba Mocidade Alegre da Zona Norte.



Em 1989, juntamente com outros amantes dessa festa popular, fundou a Escola de Samba Academicos de Vila Jardim, onde perma­neceu por três anos.



Uma outra paixão que o deixa inebriado é ou­vir rádio, da cabeceira da cama, com o qual adormece e acorda todos os dias, ao som das músicas e noticiários.



Pelos seus feitos em benefício da comunidade já foi agraciado com dois diplomas de Honra ao Mérito. O primeiro em 1985, conferido pelo Rotary Lavras Sul, em 10/09/ pelo Dia da Imprensa e o segundo pelo dia do Diagramador e Revisor, em 1º de abril deste ano, através do Rotary Club de Lavras.



É uma pessoa por natureza humilde e simples. Gosta de servir no anonimato.



Embora seja um alicerce e não uma parede, tem o reconhecimento dos diretores, dos colegas de trabalho e da co­munidade que semanalmente ficam esperando chegar o sábado para se informar com as notícias do Jornal Tribuna de Lavras, que há 29 anos circula ininterruptamente, quer faça sol, chova ou faça fri­o.



No Jornal e na comunidade é o companheiro leal para com todos pelo seu jeito simples de SERVIR por isso, muito querido por todos.



Para nosso personagem trouxemos uma mensagem do livro dos livros.



O desenvolvimento da salvação.



Porque Deus é quem efetua em vós tanto o que­rer como o realizar, segundo a sua boa vontade;

Fazei tudo sem murmurações nem contendas;



Para que vós torneis irrepreensíveis e since­ros filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros do mundo;



Preservando a palavra da vida, para que, no dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente.

(Filipenses-3, l1/16)



O DIAGRAMADOR EUGÊNIO PACELLI DE OLIVEIRA é Gente da Terra.








CARNAVAL - Um tempo de alegria



Neste tempo o ritmo contagiante toma conta e embala as pessoas nos sonhos e nas ilusões. É tempo de ver ruas cheias de fantasias com colombinas, palhaços, pierrôs, escolas de samba, trios elétricos, batuques e muita alegria, dando vida ao momo.



São quatro dias de folia e distração.



CARNAVAL é:



Delírio.

Magia

Alucinação

Feitiço

Prazer

Elevação



CARNAVAL é:



A alquimia do encanto

Da expressividade

Do corpo e da mente

Na satisfação

Da imaginação



Brincar o carnaval é:



Deliciar os momentos deste tempo, ao som dos tamborins, surdos, repeniques, sambas enredos

É encontrar a felicidade, vivê-la, guardá-la no coração e na mente, neste tempo efêmero de ilusões.



Ao som contagiante do carnaval

Respira-se

Transpira-se por todos os poros

A Alegria.

É deslumbrante.

Ah!

Nova Lavras, Goiabeira, Suvaco de Cobra, Mo­cidade Alegre da Zona Norte, Meu Consolo é Você, Vila Jardim, Bem-Te-Vi.

Por onde andam vocês ?

Estamos morrendo de saudade.



Mas, enquanto vocês não vem para a avenida, continuamos sonhando, exaltando as fantasias de nossos sonhos, sambando ao som do trio elétrico que eletriza, e nos faz sambar no Bloco dos Ferroviários Fora de Linha, no Bloco da Alvorada, na Banda do funil, na Banda do Meio, na Banda do Final.



Falando-se em carnaval, nessa estonteante festa popular, nossa coluna traz hoje, para perfilar, uma das foliãs do carnaval de Lavras.



É A PROFESSORA ALDA LEITE WINTER, nascida em Araçatuba, SP, em 01/12/1924, filha de Azarias de Pádua Leite e da portuguesa Maria Natividade Leite.



Até os 4 anos de idade viveu na Fazenda Cór­rego Azul, em Araçatuba, SP, em companhia dos pais e dos irmãos: Iracy Leite( Coringa), Eunice.



Em Lavras, viveu plenamente sua infância, com todas as peraltices peculiares a esta fase da vida, brincando com os outros irmãos que aqui nasceram : Júlio, Maria Augusta, Marly e um grande rol de amigos.



Estudou até a 3ª série na Escola Paroquial com as professoras D.Vica de Souza Salgado e Angelina Bini. A 4ª série, na Escola Estadual Firmino Costa, com a professora Edméia Guadalupe.



Fez o Curso de Professora Rural também na Escola Estadual Firmino costa.



O Curso de Comércio, no Colégio São Pedro, com a professora Edith Malafaia.



Sua juventude foi vivida com intensidade, alegria e animação.



Formada, iniciou sua vida de trabalho numa verdadeira peregrinação e apostolado do ensino, como tantos, que dedicam suas vidas àqueles que têm sede do saber.



Lecionou na Fazenda da Cachoeirinha em Car­rancas; na Fazenda Bela Vista, no Barreiro(perto da Ponte do Fu­nil); Fazenda do Madeira e depois veio para Lavras.



Aqui, lecionou nos bairros Lavrinhas e Aquen­ta Sol, não esquecendo que prestou serviço na Escola Noturna, ao lado do inesquecível educador Professor José Luiz de Mesquita, do qual guarda gratas recordações e muito carinho. Não se esquece também dos colegas e ex-alunos.



Após o fechamento da Escola Noturna, que fun­cionou inicialmente na Escola Estadual Álvaro Botelho e, depois, na Escola Estadual Firmino Costa, Alda foi transferida para a Prefeitura Municipal de Lavras, onde teve o prazer de conviver com os colegas que se tornaram verdadeiros amigos.



Em 01/04/1951, casou-se com Claudiolando Win­ter e desta união nasceu a filha Rosângela.



Trabalhou com os prefeitos: Dr. Jacinto Scorzza, Dr. Adolfo Moura, João Modesto de Souza, Francisco Pin­to, Drs. Sílvio Menicucci, Maurício Ornelas de Souza, e por dois anos, com o prefeito Leonardo Venerando Pereira.



Inicialmente trabalhou como Professora Muni­cipal e, posteriormente, passou a exercer as funções no Departa­mento de Contabilidade. Foi Chefe do Departamento de Serviços de Estrada de Rodagem, no governo do prefeito João Modesto, no ano de 1970, quando aposentou-se.



Em 1971, a convite do prefeito Leonardo Vene­rando Pereira, voltou a exercer suas funções por um período de dois anos.



Em 1973, foi convidada pelos saudosos Dr. Sebastião Brasileiro de Castro e Ismael de Oliveira(fundador) do G.R.E.S. Unidos de Nova Lavras, para participar como destaque daquela Escola.



Gostou tanto e agradou tanto que depois foi eleita vice-presidente nas chapas do advogado Dr. Brasileiro e do industrial Rajá Ferreira da Silva. Em seguida foi eleita presi­dente e exerceu o cargo por 17 anos, conseguindo juntamente com toda a escola, um grande sonho, " O Título de Campeã do Carnaval de Lavras ". Hoje é Patrona Benemérita da querida Verde e Rosa, estando sempre à retaguarda.



Em sua gestão de presidente construiu a tão sonhada quadra, onde, hoje, promovem os mais variados eventos. Faz questão de ressaltar que a quadra foi conseguida com o auxí­lio do então Secretário de Obras do Estado de Minas Gerais, Dr. Maurício Pádua, na gestão do prefeito Dr. Célio de Oliveira.



Alda, durante toda sua vida, se fez disponí­vel à educação,( educando os alunos da zona rural e urbana); à comunidade, (servindo na prefeitura); à causa filantrópica,(tra­balhou por um longo período na Cantina Irmão Iago, no fornecimen­to de alimentação aos carentes.



Pelos seus inúmeros serviços prestados à co­munidade foi agraciada com:



Diploma de Honra ao Mérito, conferido pelo Vereador Leônidas de Souza Lima, (Câmara Municipal); Cartão de Prata, do Programa " Ponto de Encontro " e inúmeras outras home­nagens.

Considera Lavras, de coração, sua Terra Na­tal, pois aqui, conquistou muitos amigos e alcançou seus mais almejados sonhos.



Feliz da comunidade que conta com pessoas desprendidas, que se doam principalmente aos educandos.



Alda, soube concatenar suas atividades:



Alegria no ensinar, alegria no foliar, ale­gria no servir.



" Primeiras Mestras " página do inesquecível Bi Moreira, in ACROPOLE de 12/10/72 pág. 2, que hoje oferecemos à nossa homenageada, lembrando duas datas tão importantes que transcorrem no mês de outubro: o Dia da Criança e o Dia do Pro­fessor, as quais estão intimamente ligadas à sua faina de educa­dora.



As mestras, as mestras das primeiras letras, quem as esquecerá ? Elas nos acompanham sempre, pois não foi de sua boca que ouvimos as histórias fantásticas em que surgem as fadas, os Joãnzinhos e Marias, os Pequenos Polegares, as Gatas Borralheiras e as Brancas de Neve?

Como esquecê-las ? Não foi de sua boca que ouvimos palavras de fé e confiança no Brasil? Não foi de sua boca que ouvimos as primeiras lições de civismo?



Mas esquecê-las de que modo ? Não foi no seu convívio doce e amigo que aprendemos a amar a Deus, a cultuar a Pátria e a respeitar a família ?



Não, as esqueceremos porque foi a sua mão que nos apontou o caminho do bem; foi a sua energia, no papel de segundas mães, que nos educou moralmente.



A PROFESSORA ALDA LEITE WINTER é Gente da Terra.








COMÉRCIO



Comprar, vender, trocar - UMA ARTE .



SHOPPINGS, LOJAS DE DEPARTAMENTOS, SUPERMERCADOS, são como verdadeiros oásis no meio de um deserto para quem está sedento ou, para quem deseja adquirir um bem que satisfaça sua necessidade, sua vontade.



São construções maravilhosamente edificadas para atender os mais requintados e exigentes gostos. Arquiteturas compostas de cascatas internas, escadas rolantes, esteiras, cinemas, lojas encantadoras, pubs, áreas destinadas a manifestações artísticas, playground, iluminação própria, estacionamentos amplos, que motivam as pessoas além das compras das necessidades básicas, outras supérfluas por modismo ou consumismo e ainda, propiciam passeios para o deleite de horas gostosas, dando asas a imaginação.



Quem vê este comércio tão sofisticado hoje, dificilmente poderia imaginar como foi nos primórdios das civilizações.



Conta-nos a história que no início, há milhares de anos, quando o mundo era ainda escassamente povoado, seus habitantes moravam em cavernas distantes umas das outras. Os homens se alimentavam de frutas silvestres e de carne de animais e aves. Ainda não sabiam falar e se comunicavam por sinais e grunhidos.



Com o passar do tempo a população foi crescendo, os homens aprenderam a articular as palavras, a fazer o fogo através do atrito, a cultivar a terra, a domesticar os animais. Em conseqüência disso, algumas regiões foram se dedicando à agricultura e outras, à criação do gado.



Foi aí que surgiu a mais antiga forma de comércio: A TROCA (escambo ou escâmbio). Aqueles que tinham cereais em excesso, passaram a trocá-los por animais e aqueles que tinham animais em excesso, os trocavam por cereais. Outros produtos permutáveis vieram posteriormente. Para evitar longas caminhadas, foram estabelecidos locais de encontro, onde as pessoas pudessem oferecer seus produtos e adquirir outros, daí a ORIGEM DAS FEIRAS, tão comuns em nossas comunidades, nos dias de hoje.



Mais tarde os homens aprenderam a trabalhar com: cerâmica, metais, tecidos, outros materiais. Com o aumento da população, um novo tipo de vida surgiu com novas necessidades, juntamente com a curiosidade, fazendo com que os homens se afastassem do ambiente em que estavam acostumados a viver e partissem para aventuras em busca de novos desafios do comércio, através das águas dos rios, dos mares e mesmo por terra, nos mais longínquos rincões. Foi sem dúvida alguma, o comércio que impeliu os audaciosos navegadores às conquistas de locais desconhecidos.



O SAL durante muito tempo foi utilizado como elemento de câmbio. Aliás, ele foi utilizado para efetuar o pagamento pelos serviços prestados. Daí ter nascido a palavra SALÁRIO. No século VIII A.C., para facilitar as TROCAS, os gregos introduziram no mercado a MOEDA, pois, nas relações comerciais, circular com tantas mercadorias, tornava-se muito difícil não só pela quantidade, mas, pelas distâncias e, com isso, foi aberta uma grande perspectiva para a circulação de bens e um extraordinário impulso ao comércio. Para tornar ainda mais fáceis as transações, o comércio a partir daquela época passou a aceitar a moeda. O cheque, o cartão de crédito, vieram longo tempo depois para facilitar a vida do homem. Com isso, nos dias atuais, não há necessidade de se levar dinheiro vivo para adquirir mercadorias ou bens de consumo. O DÓLAR, é utilizada como moeda padrão em todo o mundo.



A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, nascida na Europa Ocidental, fez o comércio florescer em todo o mundo. A importação e a exportação se fizeram presentes. Vemos em todo o universo, a presença de produtos importados como resultado dessa revolução e do progresso do mundo.

Atualmente temos um COMÉRCIO sofisticado de mercadorias que atendem não só as nossas necessidades vitais, mas também, nossos devaneios, nossos desejos, nossas vaidades.



Falando-se em comércio, nossa coluna hoje traz para perfilar um comerciante que começou nos moldes antigos e evoluiu.



É O EMPRESÁRIO JÚLIO PEREIRA SALLES, filho de José Antônio Salles e Maria Augusta Salles, nascido em Ribeirão Vermelho, MG, em 16/04/14.



Sua infância foi vivida, parte em Ribeirão, parte na Fábrica Velha( lugar importante no início do século pois, era um porto para os navegadores do Rio Grande- Para os mais novos, localiza-se na antiga fazenda do Sr. Américo Alexandre, perto do trevo de Lavras, Rodovia Fernão Dias ).



Menino de interior, de família humilde, quase não teve tempo para se divertir ou mesmo de sentir os arroubos da juventude, porque muito cedo teve que trabalhar mas, mesmo assim ainda jogou bola, nadou no rio, fez arapuca, criou passarinhos. Aos oito anos de idade perdeu a mãe e já aos doze, foi trabalhar como ajudante de armazém do Sr. Jorge Murad, em Ribeirão Vermelho, recebendo suas primeiras aulas de comércio.



Fez só as quatro primeiras séries do primeiro grau, em Ribeirão Vermelho. Lembra com saudades de seus colegas de infância como: Celso Carlos, D. Filhinha (esposa do Dr. Botelho) e outros.



Pouco tempo depois foi morar com seu cunhado Beijinho de Carvalho e a irmã Lamin. Já mocinho trabalhou com o Sr. Tonico Pádua, na Fábrica Velha, como retireiro e leiteiro. Demonstrando aptidão para o comércio foi convidado pelo mesmo, para ser seu balconista no armazém rural. Ali, com pouco tempo de trabalho, pôde demonstrar sua capacidade de negócio, o que motivou o convite do titular para que ele passasse a ser seu sócio. Não tardou muito e o Júlio passou a ser o proprietário daquele estabelecimento pois, comprara a parte do antigo sócio.

Foi nessa época que, viajando de jardineira (ônibus antigo) para fazer compras em Lavras, quando, essa passava pelo trevo das Três Barras com o Criminoso, (cruzamento), viu e conheceu Maria Aparecida, (filha de João da Silva (Nhô) e Francisca), sua amada, com quem se casou em 27/10/1943. Desse casamento nasceram os filhos: Sônia, Hélio, Nereida, Carlos Roberto, José Márcio e Sérgio.



Por volta de 1947, mudou-se para o local chamado Três Barras e montou seu primeiro estabelecimento comercial. Ali também passou a cuidar de seu sítio.



Naquele local, nosso personagem exercia uma grande liderança. Além de comerciante, mantinha um time de futebol no qual jogava de lateral direito, ao lado de grandes amigos como: o compadre Anísio Gaspar, Lora, Alcides, José Maria, Tuniquinho, Vítor, José Carlos, Carnôt, Zizinho, Tião Paraguai, Tibeca e tantos outros. Depois do jogo que era animado com batuque, foguetes, torcida de carteirinha, o banho no ribeirão das Três Barras, pulando de cima da ponte e, finalmente, a cervejinha para comemorar a vitória. Falando ainda em futebol, desde aquela época, é um torcedor fanático da Olímpica e do Cruzeiro.



Com isso, o tempo foi passando, as crianças crescendo, precisando estudar e, como não havia outro meio senão mudar para a cidade, sendo Lavras, a mais próxima, em 1955, transferiu-se com a família. Montou então seu negócio no antigo MERCADO MUNICIPAL, com sua barraca (BARRACA DO JULINHO), marcando ali, o início de uma vida de trabalho e sucesso comercial. Foram seus sócios: Sílvio de Oliveira, Flávio Mendonça e Anísio de Abreu. Essa sociedade durou pouco. Em 1962, iniciou o antigo ARMAZÉM REX, na rua Dr. Francisco Salles (local onde é hoje, um grande estacionamento), tendo como sócio Sebastião Monteiro dos Santos. Essa sociedade permaneceu até 1968.



Nesse ano de 1968, implantou em Lavras, pela primeira vez um supermercado (PEG PAG), que permanece até hoje em funcionamento, denominado LOJA UM, na Travessa Guadalupe,14. Foi nessa época que convidou seu genro Nilton Lopes, que morava em Belo Horizonte, para juntamente com seu filho Hélio Salles, formar uma sociedade sob a denominação SUPERMERCADOS REX LTDA. Em 1970, inaugurou a LOJA II, na rua Álvaro Botelho. Em 1973, a LOJA III, na rua Otacílio Negrão de Lima e, em 1982, a LOJA IV, na rua Misseno de Pádua. A partir daí, passaram os outros filhos, a participar da sociedade.



A rede de Supermercados Rex faz hoje transações através do comércio mais sofisticado e dentro da mais alta tecnologia, com código de barra, computadores.



Oferece além dos produtos ali negociados, mão de obra à população. Gera 200 empregos diretos e, indiretamente, 500. Pelo seu desempenho foi classificada no 194º lugar no Ranking Nacional e 14º lugar em Minas Gerais, entre as maiores empresas de faturamento bruto.(Revista Super Hiper ).



Lavras acompanha o progresso graças ao espírito empreendedor de homens de visão como nosso personagem e tantos outros que nela acreditam. Com isso, a iniciativa privada mostra a sua força, a sua pujança.



Nosso personagem pela sua tenacidade, pela sua capacidade de fazer e amor dedicado a nossa Lavras, foi alvo de merecidas homenagens como: Título de Cidadão Honorário de Lavras, conferido pela Câmara Municipal ; Título de Honra ao Mérito conferido pelo Rotary Club Lavras Sul, dentre outras.



Júlio Sales passou a direção dos negócios para os filhos e hoje dedica seu tempo à família, aos netos: Juliana, Liliana, Guilherme, Leonardo, Eduardo, Lívia, Alice, Guilherme, Eline, Alexandre, Júlio, Pedro Henrique, Letícia; ao bisneto Lucas e aos amigos.



Enquanto esteve a frente dos negócios, Júlio Salles, com sua simpatia, com seu atendimento cortês, paciente, esclarecedor, qualidades de um verdadeiro RELAÇÕES PÚBLICAS, VENDIA mercadorias e formava CLIENTELA pois, o importante para ele não era vender uma vez só, mas, vender sempre. Essas qualidades foram legadas aos filhos.



O EMPRESÁRIO JÚLIO PEREIRA SALLES é Gente da Tterra.








TEATRO

Abrem-se as cortinas do teatro da vida. No palco, o artista; na platéia os espectadores.

Primeiro ato.



É uma emoção indescritível e inesquecível assistir a um belo espetáculo. Seja uma ópera, uma peça, um monólogo, uma produção qualquer. Ali vemos o ator incorporar seus personagens, mergulhar por completo na situação que está vivendo e representando naquele momento. É sublime.

Ele se divorcia de tudo. Isola-se de toda e qualquer situação externa que possa influir na sua interpretação. Mostra seu talento, sua habilidade, criatividade, expressões artísticas que transcendem.

Ele exprime a emoção despida de qualquer outro sentimento. Sua sensibilidade, espontaneidade, delírio, prazer, vão além da imaginação, no momento que encena, no palco, aquele personagem.



Ele é o ator que realiza com formas e expressões o “eu“ das pessoas. É o que absorve dentro de si os desejos, os sonhos, a imaginação dos outros e os faz aflorar. É aquele que tem a liberdade de criar. É o que oferece aos espectadores o entendimento que muitas das vezes, ignoram em si.

O artista faz florescer a fantasia, a alegria, o prazer, a felicidade de viver ou ainda, a saudade de um momento especial já vivido. Faz-nos chorar, faz-nos sorrir.



Mas, o artista necessita, além do palco do universo, um especial para fazer suas apresentações, e este é encontrado nos teatros edificados com esta finalidade.



São muitos os teatros existentes. Alguns já em ruínas como o Teatro de Epidauro, na Grécia; Teatro de Dioniso, em Atenas; outros, em atividades como o teatro de arena, de Verona; o Teatro Scala, de Milão; o L’Operá de Paris, os Teatros: Municipal do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Manaus, na Amazônia e tantos outros espalhados pelo mundo afora, que são testemunhas de apresentações extraordinárias de peças monumentais e de atores brilhantes do universo.



É da platéia do teatro que as pessoas podem ver, olhar, contemplar no palco, a arte de representar por atores e atrizes. Ali estão para compor com esses, o autor da peça, o diretor, cenógrafo, figurinista, iluminador, músico, coreógrafo.



Quantos autores, quantos atores extraordinários.



William Shakespeare, autor dentre outros, de Hamlet, Romeo and Juliet, Othelo; Dante Alighieri com a Divina Comédia; Gil Vicente com o monólogo do Vaqueiro, Exortação à Guerra, e atores como Procópio Ferreira, Grande Otelo, Paulo Gracindo, Cacilda Beker, Paulo Autram, Fernanda Montenegro, Lima Duarte outros, nomes consagrados e inesquecíveis por suas obras, seus talentos e dotes artísticos.



Falando-se em teatro, em artistas, Lavras, sempre foi considerada uma cidade culta. Aqui tivemos a Solca, uma sociedade que se consagrou pelas maravilhosas apresentações de peças teatrais, óperas como La Traviata, Il Rigoleto, concertos musicais regidos pelo maestro Cirilo Novais. Tivemos também o Cine Teatro Municipal, que foi uma réplica do Teatro Scala de Milão, onde se apresentaram grandes artistas nacionais e internacionais.

Conta-nos a história que em sua inauguração foi encenada a “Ópera Aída”, de Verdi. A apresentação de Itália Fausta deixou recordações. Por aqui também passaram atores como Procópio Ferreira, Bibi Ferreira e muitos artistas lavrenses como Juca Venerando, Jacy Barbosa, Ari Murad, Herculano Pinto, Marcos Aurélio Assis, Belinha Pomárico, José Murad, Nilson Alves, Sílvia Stella Novais, os componentes do Grêmio Santa Cecília, por último, Geraldo Faria, um nome especial para nosso artigo.



Segundo ato.



Gente da Terra traz para perfilar hoje, de pai para filho, cenas emocionantes de alguém que, com seu jeito humilde de ser, mostra o grande ator que é.



É O ARTISTA HOMERO DE CARVALHO FARIA, filho de Geraldo Faria e de Hermínia de Carvalho Faria, nascido em Campo Belo MG, em 11/01/54.



Nasceu numa segunda feira, às 22 horas, em casa, pelas mãos de Dona Maria “Turca”, conhecida parteira, que faleceu bem velhinha.



Sua infância foi vivida em sua cidade natal e a rua Tiradentes ficou cravada e gravada no mais fundo de seu ser .



Amou cada momento de sua infância e juventude.



Inicialmente, estudou em casa, com a mãe e com a irmã Eliany. Aos seis anos de idade foi para a Escola infantil Stella Maris, dirigida por D. Irene e, de lá, para o Colégio São José, Grupo Escolar Côneco Ulisses e Colégio Dom Cabral, da Congregação dos Padres Cruzos do Brasil(Ordem Holandesa).



Em 1971, mudou-se para Lavras com a família. Aqui, estudou no Instituto Gammon, no Colégio Nossa Senhora Aparecida, INCA-(FILOSOFIA); depois, Pós-graduação em História Econômica (Universidade de Vassouras); Pós-graduação em Teatro Musicado Brasileiro( UniRio-Rio de Janeiro ).



Homero cresceu vendo seu pai Geraldo Faria fazer teatro e sua mãe trabalhar com moda. Seu pai foi um grande artista. Lavras guarda dele boas recordações. A Escola Suvaco de Cobra, campeã de tantos carnavais contou com sua presença e com sua arte por longos anos. Já D. Herminia, costurou e lançou moda por muito tempo em Lavras.



Como diz Homero:



“Geraldo Faria foi uma grande figura, grande artista, grande amigo.



D. Herminia um gigante de figura humana.



Indescritível ! Apenas, sensível”.



Homero não é muito de falar de si próprio.



Com isso, numa pequena viagem que fazemos através dos pensamentos, lembramos do poeta épico da antiguidade grega , Homero, a quem atribuem os famosos poemas Ilíada e Odisséia.



Como a arte e a cultura estão ligadas à Grécia, Homero, sendo poeta e artista nos faz lembrar também passagens de sua vida.



Aos quatro anos já fazia teatro em casa; aos sete foi para o palco no Clube de Campo Belo fazer sua estréia em um auto de Natal e, dali, não mais saiu, e isso já faz trinta e seis anos.



Não é para menos. Suas interpretações exteriorizam o encanto para os amantes do teatro. Com suas apresentações ele os transporta para um mundo de luzes que se colorem e de formas que se transmudam. Aborda a arte de maneira tão natural que o permite suplantar as barreiras das limitações.

É uma preciosidade dentro e fora do palco. Com seu talento mostra sua extraordinária habilidade, a tal ponto de fazer com que as pessoas devaneiem e sonhem ao vê-lo e ouvi-lo, nas suas expressões corporais e voz levadas às suas mentes e corações nos sublimes momentos de felicidade. Sua versatilidade interpretativa é brilhante.



Terceiro ato.



Apresentações mil.



Formou inúmeros grupos teatrais em Lavras e em diversas localidades do Brasil.



Escreveu as peças: Aventura no País dos Brinquedos, Diálogo das Incoerências, Um Grito Fora do Script, outras.



Dirigiu, representou, participou:



Peças, personagens, festivais, encontros, congressos, seminários, entrevistas, audiências com políticos e um Presidente, movimentos pró-cultura, debates, passeatas, movimentos proibidos...não sabe quantos...Presidente da Federação Mineira de Teatro (1983-1985), representante de Minas Gerais no Conselho Superior de Teatro ( 1983-1986), Diretor da Regional Sudeste (MG/RJ/SP/ES) da Confederação Nacional de Teatro (84-85 ou 86), professor universitário (Filosofia, Sociologia, Lógica, Metodologia Científica, Teatro, Técnica Vocal, Encenação, Direção, Função didática do teatro), Assessor Cultural da Esal (1993-1994).



Foi homenageado pela Secretaria da Cultura de Lavras, no governo de Mauríco Pádua, pela Secretaria de Cultura de Minas e Federação Mineira de Teatro.



Nosso personagem vive para as artes.



Já passou construindo por Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito santo, Rondônia, Bahia e por muitos outros lugares do Brasil levando o nome do Teatro de Lavras, por acreditar que vale a pena acreditar no homem e na cultura que ele produz.



Seu lema é



“CONSTRUIR”



Seu maior orgulho - ser Lavrense de coração e Mineiro !!!

MINEIRO, UAI !!!



Quarto ato.



As cortinas do teatro continuam abertas para que os artistas possam, com suas interpretações continuar fascinando e trazendo a magia da vida para os espectadores.



O ARTISTA HOMERO DE CARVALHO FARIA é Gente da Terra.








MOMENTOS...



Momentos de desafios

Momentos de aventura

Momentos de tormento

Momentos de amor

Momentos de reflexão

Momentos de felicidade

Momentos de tristeza

Momentos...



A vida nos propicia momentos extraordinariamente mágicos sem contudo marcar os dias para acontecer. São momentos inesquecíveis. Não conseguimos apagá-los porque permanecem em estado de latência na nossa memória, nas fotografias, nos filmes e, às vezes, através de um toque sutil, se projetam e retornam à mente para nos emocionar.



Neste momento, vamos nos emocionar a perder de vista, REVELANDO a beleza de boas recordações, de bons tempos, de pequenos momentos que se tornaram grandes acontecimentos e se eternizaram.



Temos certeza, haverá por certo, um deslumbramento diante da beleza RETRATADA em nossa memória, nas fotografias, nos filmes. Sejam imagens coloridas ou em preto e branco.

Vejamos com prazer os encantos dessas cenas:



Primeiro momento - criança, de tantas travessuras.

Segundo momento - adolescente, de tantos sonhos.

Terceiro momento - idade adulta, de realizações.

Quarto momento - terceira idade, das recordações.

Vemos a família, o pai, a mãe, os filhos, os netos... .

Vemos os amigos, a sociedade, os acontecimentos

Vemos corpos, rostos,

Vemos a natureza, suas riquezas

Vemos a vida .



São FLASHES de lembranças adormecidas em nossa memória que, em lampejos momentâneos, relembram o passado com uma grande dose de saudade.



São fatos ocorridos quando ainda éramos crianças e nossos pais os registraram .



São fatos acontecidos quando ainda éramos jovens e desejávamos eternizar aqueles momentos.

São fatos vividos na idade adulta em busca de uma realização e que foram concretizados.

São recordações de um tempo passado e que ficaram.



Além da memória fotográfica, quantas e quantas fotografias e filmes estão guardados. Para revê-los, basta um estalar de dedos, um clic, e inebriar-se com tantas lembranças.



São momentos de alegria, de satisfação, de prazer.

São momentos de desalento, de pranto, de saudade.

São momentos de sorrisos

São momentos de lágrimas

São momentos e, que momentos !

Revivê-los, relembrá-los

Vale, e, como vale a pena

Seja para alegrar

Seja para machucar o coração.



Falando em lembranças, em máquinas fotográficas, em filmadoras, em fotografias, em filmes, hoje, nossa coluna Gente da Terra fotografou e filmou um dos mais antigos fotógrafos em atividade de nossa cidade, para com uma pequena exibição, mostrar sua vida.



É O FOTÓGRAFO WILDES BOTELHO ALVARENGA, filho de Sebastião Bernadino Alvarenga(Tião Pereira) e de Eunice Botelho Alvarenga, nascido em Ijacy, MG, em 06/11/54.



Quando criança curtiu muito o local onde nasceu, Fazenda da Varginha, nas Contendas. Ali aprendeu a amar a natureza e a apreciar o bucólico. Nadou no Rio Grande, jogou futebol, fez arapucas, criou passarinho. Seu irmãos e parentes eram os seu amigos mais chegados de infância. Lembra do Tonico, Batista, Luiz, Brasa, Magno e tantos outros.



Estudou as quatro primeira séries do primeiro grau na Escola da Varginha, nas Contendas. As quatro últimas, no Instituto Gammon e o segundo grau na Escola Estadual Dr. João Batista Hermeto.



Quando veio para Lavras, trabalhou no Bar do Ponto, do Albertino Siqueira. Naquele tempo, o “point” da juventude era ali. Lá, fez amizade com João Sampaio, proprietário do Foto Guimarães, com quem mais tarde passou a trabalhar.



João Sampaio foi o mestre responsável, em parte pela mudança de trabalho porque, desde menino, Wildes já quedava-se para a fotografia. Nas Contendas, ficava observando o fotógrafo Ari MACHADO chegar de lambreta e tirar fotografias das pessoas e das paisagens.

Naquele tempo, além das fotografias comuns, ainda faziam binóculos. Para nosso personagem, era o máximo. Apaixonou-se pela arte de fotografar, passou a brincar de fotógrafo e mais tarde veio a consagrar-se como profissional aproveitando a oportunidade que o professor lhe ofereceu.

Foi em 1970, ano da conquista do Tricampeonato mundial de Futebol, pelo Brasil, que começou suas atividades. Trabalhou um certo tempo no Foto Guimarães e depois montou seu próprio Studio o qual deu o nome de FOTO WILDES.



Profissional competente, tinha e tem um profundo conhecimento do equipamento utilizado como: câmara, flash, filme, papel fotográfico, técnicas. Com isso atingiu o mercado a ponto de ter hoje duas lojas onde oferece a seus clientes um serviço rápido e de real qualidade, quer seja em fotografia, quer seja em filmagem.



Com o crescimento da empresa, conta hoje com a participação de seus irmãos que, em sociedade, desenvolvem um trabalho a altura dos grandes centros.



A administração geral e marketing publicitário ficam a seu cargo; compras e direção, com Antônio; Laboratório e produção, Cláudio; e a gerência da loja um, com o Claret.



Reparte ainda o sucesso empresarial, além dos sócios, com seus excelentes funcionários: Luciana, Cássia, Aline, Valéria, Leander, Joselves, Páblo, Luiz Alberto, Rômulo, Ednaldo, Geraldinho, Fabiana, Ana Carla, Magno e Gustavo.



Nosso personagem, em 23/05/82, casou-se com Maria Aparecida Emereciana Teixeira Alvarenga. O casal tem uma filha - Rafaela.



Pelo seu trabalho foi agraciado com prêmios em vários concursos de fotografias patrocinados pela Curt, Kodac, Irano, tudo a nível nacional e, um especial, uma viagem ao Japão, em 1987, por ter sido escolhido um dos 40 melhores fotógrafos do Brasil e o único das Minas Gerais.



Profissional ávido de conhecimento sobre fotografia, fez vários cursos no Brasil e no exterior. São Paulo, Rio, Curitiba. Tóquio, Kioto, Osaka, Nara, no Japão são alguns desses.



A fascinante arte de fotografar é um hobbie saudável e uma bela profissão. A irresistível mágica da imagem desperta em quase todos nós uma tremenda curiosidade e um desejo enorme de reproduzi-la. Fotografar aquele momento é algo maravilhoso, é perpetuar a emoção para sempre.

Além de retratar as imagens, a fotografia, através dos tempos, tem sido de grande valor para a moda, para as ciências, para os pintores, para a educação, para a história.



A inspiração está nas pessoas, na natureza, no momento. Revelemos nossa memória. Mostremos nossa arte e nossa técnica de perenizar imagens.



O DIAFRAGMA da menina dos olhos, da máquina fotográfica, da filmadora, já foi disparado. Vamos gravar as próximas cenas da vida para que amanhã, nós, ou quem quer que seja que for admirá-las, possa sentir as mesmas emoções, as quais estamos sentindo, quando olhamos para essas que já passaram.



Quem de nós não tem em casa uma fotografia, um filme ou um álbum de família?



Quem não se emociona ao vê-los ou revê-los?



Quem não gosta de voltar ao passado?



“ Recordar é viver ”



O FOTÓGRAFO WILDES BOTELHO ALVARENGA é Gente da Terra.








LIBERDADE DE EXPRESSÃO



A liberdade de expressão é uma das grandes conquistas da humanidade e o desenvolvimento dos meios de comunicação à sociedade, um fator de progresso.



O jornal é um destes meios de comunicação. Tem como finalidade captar e divulgar notícias através de reportagens, matérias, retratando a realidade do dia-a-dia da sociedade.



Notícias, informações, manchetes, estão estampadas em suas páginas através da palavra escrita, cujo poder extraordinário dá vida ao sentimento.



Quanto interesse despertam. Quantas alegrias propiciam. Quantas tristezas levam aos lares. Quantos vazios deixam. Quanto calor humano é dedicado para fortalecer os enfraquecidos . Quantas indagações. Quantos porquês?



Façamos um exercício mental e lembremo-nos de algumas manchetes que propiciaram alegria e outras que marcaram e mancharam os preceitos do código da vida.



Feito isto, façamos uma reflexão.



Ficamos estarrecidos, consternados, quando nos deparamos com uma notícia ou vemos fotos de cenas de barbárie mas, logo nos esquecemos pois, não era um dos nossos familiares ou amigo. Esquecemo-nos, porém, que poderia ter sido um deles.



Mas, os jornais, dentre eles, a Tribuna de Lavras, são veículos de comunicação e não publicam apenas fatos que nos entristecem, publicam também alertas, direitos, notícias que nos fazem felizes e, com isso, podemos avaliar e ver o que fazer para melhorar a existência, senão no globo, pelo menos em nossa casa, em nosso bairro, em nossa cidade .



Para fazermos essa avaliação precisamos colocar em confronto forças antagônicas, traçar parâmetros pois, como poderíamos apreciar o brilho das estrelas e do luar se não existisse a noite ? Na vida, é preciso conhecer o ruim para valorizar o bom; é necessário sentir a dor para apreciar o prazer; conhecer a prisão para valorizar a liberdade; considerar o errado para caminhar certo; ter noção da doença para amar a vida.



Contudo isso, nessa mescla de comunicações que agradam e desagradam, haverá um dia em que as principais manchetes estampadas nos jornais, dentre eles, a Tribuna de Lavras, mostrarão somente notícias boas para encher de alegria, os corações :



A paz reina no mundo.

Os homens se abraçam como irmãos.

Não existe fome.

Há um teto para cada família.

Os doentes têm assistência.

Há emprego para todos.

Todos podem estudar.



....................................................... (espaço reservado para a notícia que você gostaria de ler).



Os homens, agora, têm motivo, podem sorrir.



Há um mundo novo repleto de fraternidade.



Com este prólogo, trazemos para perfilar hoje em nossa coluna, comemorando o Dia das Comunicações, transcorrido neste mês, um jovem empresário, talentoso, que segue pari-passu, os fundamentos do pai, fundador deste semanário que há trinta anos estampa com suas manchetes, as mais variadas notícias e conta a história de nossa terra .



É O EMPRESÁRIO DA COMUNICAÇÃO JOSÉ EDUARDO CARVALHO GOMIDE, filho de Luiz Gomide e de Maria da Conceição Carvalho Gomide, nascido em Lavras,MG, em 21/03/1960.



Sua infância foi vivida aqui em Lavras, ao lado de seus familiares e inúmeros amigos. Desde menino é um apaixonado pela comunicação, pelo esporte e por pescaria. Aqui, um parênteses.

Anualmente vai para o Pantanal pescar em companhia de amigos e colocar em prática os ensinamentos adquiridos quando menino, do Professor Horácio Costa Pinto. Do esporte, lembra com saudade dos times de futebol de salão, do time de vôlei do Estadual na primeira GOL( Primeira Grande Olimpíada de Lavras).



Estudou as quatro primeiras séries do primeiro grau no Colégio Nossa Senhora de Lourdes e no Kemper. As quatro últimas no Instituto Gammon e na Escola Estadual Dr. João Batista Hermeto. O Contabilidade, no Colégio Nossa Senhora Aparecida e Administração de Empresas, que ficou por terminar, em Três Corações.



Nosso personagem começou a trabalhar muito cedo pois o aprendizado com o mestre fez com que aos onze anos de idade já saísse à rua para vender jornal. Na Tribuna, desempenhou várias funções. De impressor a diretor comercial, cargo que desenvolve atualmente.



Em 1985, criou a Gráfica Tribuna de Lavras, fortalecendo ainda mais o empreendimento, gerando atualmente, nesta cidade, uma média de 50 empregos diretos e indiretos.



Lembramo-nos do início das civilizações, onde as comunicações eram feitas por sinais, como nas torres ao longo da muralha da China; dos escudos dos guerreiros que refletiam a luz; dos semáforos; dos corredores romanos que levavam mensagens; das transmissões dos telégrafos e telefones; do rádio; da televisão; dos satélites, mais recentemente do fax; do computador, da Internet, conquistas materiais do homem, cujas obras estão ligadas ao progresso e às necessidades da sociedade.



A comunicação é inerente ao ser vivo.



Acreditamos, ou melhor, temos certeza, o amor pela arte da comunicação do nosso personagem, foi herdado da mãe, D. Mariinha, que durante muitos anos, com rara sensibilidade de artista, exerceu o magistério como professora de Educação Artística da Escola Estadual Dr. João Batista Hermeto, no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, somado ainda, ao aprendizado com o pai, amigo, conselheiro que lhe deu a oportunidade de demonstrar suas aptidões, lutar e crescer dentro e fora da empresa.



José Eduardo, nosso personagem, muito jovem casou-se com Flávia Oliveira Azevedo, com quem teve as filhas: Michele e Tatiana. Casou-se pela segunda vez com Vânia Alvarenga com quem compartilha há mais de 13 anos de uma feliz união aos lado dos filhos: Priscila, Luíza e o caçulinha, José Eduardo.



A comunicação nos dias de hoje é feita com extraordinária velocidade e o Jornal Tribuna de Lavras, acompanha este desenvolvimento equipando-se com os mais avançados instrumentos da tecnologia de ponta.



Da tipografia no princípio, ao off set, do momento, e, no futuro, às novas descobertas.



A história do nosso personagem é como a de seu pai, confunde-se com a história do jornal. Falar dele, é falar sobre a vida da Tribuna de Lavras e, retirar deles, dados pessoais é muito difícil.



O EMPRESÁRIO DA COMUNICAÇÃO JOSÉ EDUARDO CARVALHO GOMIDE é Gente da Terra.








O QUE SOMOS



Respeitando ideologias

Somos um ser composto

Formado de matéria e espírito.

Uma transparência que organiza e manda

Um corpo que obedece e serve.

Somos o que todos vêem e não vêem

O real e o virtual

O visível e o invisível

Somos o exterior e o interior

O concreto e o abstrato

O divisível e o indivisível

Somos o mutável e o imutável

O efêmero e o eterno

O mortal e o imortal

Somos o que se consome e o que permanece.

Somos o tudo

Somos o nada

Somos a vida que habita o cosmo.

Somos enquanto compostos

Dualidade.

Vida corpórea

Vida espiritual.

Somos a vida que ganhamos de Deus herdada de nossos pais

A vida que provisoriamente administramos.

Somos planos, projetos, sonhos, ilusões, desilusões

Construções, realizações.

Somos no transitório

Deste cenário de caminhadas terrenas,

Um misto de alegria, tristeza, felicidade, sofrimento

A espera de uma vida futura

Que pode chegar a qualquer momento

Na permuta do visível com o invisível

Entre o mundo terreno e o celestial

Deixando para os que ficam, as dores que invadem o seu ser

E, quantas dores...



Dor do corpo

Dor da alma

Dor doída

Dor que machuca

Dor que faz sofrer

Dor

Dor de uma perda

Dor da tristeza

Dor de uma saudade

Dor da solidão

Dor do abandono

Dor

Dor física

Dor espiritual

Dor passageira

Dor permanente

Dor da dor

Dor

Dor aparente que se mostra

Dor escondida que se esconde

Dor

Dor que habita

O corpo e a alma da gente.

Dor

Quantas dores

Para vencê-las

A solidariedade dos amigos

A fé em Deus

Criador de todas as coisas.



Falando em vida, em passagem, em dor, em saudade, trouxemos para perfilar hoje em nossa coluna, alguém muito especial que nos momentos mais difíceis, na hora do adeus ou do até breve, àqueles que nos são caros, ele ou um de sua família chega para preparar e arrumar o que parte.



É O EMPRESÁRIO DA ESPERANÇA, VERGÍLIO DE CARVALHO, filho de Custódio de Carvalho e Estervina Vieira de Carvalho, nascido em Lavras, MG, em 06/03/1921.



Nosso personagem teve uma infância mesclada de divertimento e trabalho pois era descendente de família humilde e numerosa. Gostava como ainda gosta de esporte e, sua paixão é o vôlei. Além desta modalidade esportiva, ainda fazia suas artes de criancice como, soltar pipa, brincar de pique, correr, armar arapuca para pegar passarinho e tantas mais, ao lado dos amigos Eduardo Laurente, Ari Murad, Belmiro, Jorge Segredo, Paulinho Caetano, Lulu Grande e outros. Ainda hoje, em sua casa, quem por ali passa ouve a sinfonia dos cantos dos sabiás.



Estudou as quatro primeiras séries do primeiro grau na Escola Estadual Firmino Costa, com a professora D. Viroca, sendo a diretora, D. Cinira de Carvalho. Não deu continuidade aos estudos pois, muito cedo, começou a trabalhar para ajudar a família .



Jovem, em companhia dos irmãos Vicente, Vítor, Vasco, Azarias, estes comerciantes, Didi,(jogador de futebol da Olímpica, do América de BH e funcionário público federal), Amélia, professora e Vilma, trabalhou e divertiu dando à vida um toque especial. Evidentemente que cada um tinha sua aptidão para o trabalho e para o lazer. Nosso personagem, de acordo com sua sensibilidade optou para a marcenaria. Enquanto laborou, deu mostra de seu talento profissional na extinta Soteco ( Empresa de móveis e artefatos de madeira, dirigida pelo saudoso Dr. Agenor Guimarães e que se localizava onde é hoje a loja principal do Rex ).

Além dessa empresa, Vergílio foi um dos responsáveis pela parte de marcenaria na construção da Maternidade Dr. Orlando Haddad. Em dezembro de 1956, deixou de trabalhar como funcionário e criou sua própria empresa, a FUNERÁRIA CARVALHO. Nos dias de hoje, reparte com os filhos a direção desta.



Nosso personagem, como já dissemos, é um homem de sensibilidade. Além dos dotes profissionais, é um esportista, um cantor. Sua voz de tenor pode sempre ser ouvida ecoando no Coro Sagrado Coração de Jesus, na Casa da Cultura, na Fundação Abraham Kasins1ki, em solos ou em coro, nos trechos de óperas, operetas, clássicos e populares.



Como atleta, em tempos idos, formou com seus irmãos, Vicente, Vítor, Vasco, Didi, Vergílio, Azarias e outros jogadores como Rafael Salustiano, Prof. José Martins (Deco), Mário Alfaiate e tantos outros, um time imbatível de vôlei que deu muito o que falar na cidade e região. Foi um dos fundadores do Aymoré Volley-Ball Clube, tendo sido seu presidente no Biênio 80/82.



Em São João Del Rei, quando foi prestar o Serviço Militar, no 11º RI, jogou basquete e vôlei para a corporação na cidade, na região e em outros estados, tendo sido escolhido o atleta destaque, recebendo diploma e medalha, daquela entidade .



Em 1944, foi convocado como pracinha para a Segunda Guerra Mundial, tendo ficado de prontidão no Hospital Militar, no Rio de Janeiro.



Em 1946, mais precisamente no dia 29 de novembro, casou-se com Maria Pereira de Carvalho com quem teve os filhos: José Erley , Wanderley, Tarley, Luiz Erley, Gil Ney, estes respectivamente casados com Janete, Noêmia, Vera, Francisca, Cristina e a filha Maria das Graças. O casal tem 16 netos.



Aposentado, seu lazer é participar das rodadas de baralho com um grupo de amigos nas dependências de sua empresa, cantar e viajar para visitar seus filhos e amigos.



É gratificante o trabalho realizado pelo nosso personagem e sua família à comunidade, quando dos funerais, quer seja na preparação, na vigília, no transladar dos corpos, nos cortejos fúnebres ou mesmo nos sepultamentos. Não tem dia, não tem hora, não tem local, não tem tempo ruim. É sempre o primeiro a chegar para vestir, arrumar, ornamentar e tomar as providências para o acontecimento que para todos nós é triste, saudoso, mas, inevitável.



Pelos relevantes serviços prestados à comunidade, foi agraciado com um Titulo de Honra ao Mérito pela Câmara Municipal de Lavras, em 1989.



Trouxemos para o nosso personagem uma reflexão que atinge a todos nós.



Fazemos nossos planos aqui na terra, a longo, médio e curto prazo, mas é o Senhor que determina e organiza como, onde, quando e se nós os realizaremos.



Somente quando um ente querido ou um amigo parte, é que sentimos a insignificância de nosso corpo, da vida terrena, e reconhecemos a existência da alma na procura da perfeição para atingir o eterno.



Devemos nos preparar para não sermos surpreendidos e pegos despreparados, deixando de lado, as vaidades, as paixões, as futilidades, o orgulho, não nos esquecendo do que é mais importante: o eterno, o invisível, o imortal.



O que somos ?



Para os que crêem, lembramos a passagem Bíblica em João 11.25 que diz:



“ ... aquele que crê em mim, ainda que morto, viverá” .



O EMPRESÁRIO DA ESPERANÇA VIRGÍLIO DE CARVALHO é Gente da Terra.








A VIDA É UMA LUTA.



Uma luta feita de encontros e desencontros, de coisas boas e ruins, de trabalho e descanso, de alegria e tristeza na busca de vencer dificuldades e atingir a felicidade.

Nessa luta há:



“Há homens que lutam um dia e são bons.

Há outros que lutam um ano e são melhores.

Há aqueles que lutam muitos anos e são muito bons.

Mas há aqueles que lutam durante toda a vida.

Esses são imprescindíveis” .



Iniciamos nosso artigo de hoje com Bertolt Brecht, que com rara felicidade, nos oferece os vários conceitos de homens pelo que fazem na vida.



Trouxemos este pensamento porque vemos neste mundo inseguro, um silêncio velado sobre realidades que vivemos como moradia, educação, saúde..., encobertas por pessoas que querem viver apenas o fictício, o irreal, o que causa prazer, esquecendo-se da realidade.

Em função disso, enxerga-se que existe um enorme vazio e uma grande desesperança no coração das pessoas.



O universo está realmente necessitando muito de homens solidários que lutem todos os dias, de homens que trabalhem a vida inteira pela paz, pela justiça, por melhores dias, pela felicidade dos povos.



É uma pena que muitos ainda não entenderam que alguns dos expoentes da sociedade em que vivemos, homens detentores de grande cultura, de grandes riquezas, empreendedores, solidários, têm sobressaído não pelo que possuem, mas pelo que são, pelo que realizam, pelo que fazem em benefício do próximo, sem pensar em si.



Madre Tereza de Calcutá, Frei Damião, Pastor Martin Luter King, Irmã Dulce, Nelson Mandela, Airton Senna, Kennedi, Einstem, são alguns nomes que jamais serão esquecidos pela humanidade, pelos relevantes serviços prestados com exemplos, conquistas, descobertas, solidariedade, amor... .



Nota-se em todos eles, o traço marcante da humildade e do servir. Nada de ostentação, nada de grandeza, nada de vaidade. Apenas a força da magia de poder ser útil como meta de existir.

São homens cujos nomes são cultuados por outros pelo que fizeram ou fazem.



Felizes os que nascem e vivem para servir estimulados pelo desejo do amor porque se sentir-se-ão sempre realizados e fortalecidos pela felicidade do próprio espírito e a admiração dos outros.



Nos clubes de serviços como no Rotary, no Lions, na Maçonaria, outros, vemos um trabalho de equipe para servir. Isoladamente também constatamos alguns homens lutando para tornar o mundo melhor. Não importa. Seja só ou em grupo, o importante é atuar como aqueles que lutam durante toda a vida para se tornarem seres imprescindíveis.



Falando em luta, em imprescindível, em homens, nossa coluna hoje, traz para perfilar um pequeno grande homem que durante sua vida tem lutado por ideais quer seja como professor, quer seja como técnico de futebol e tem propiciado às pessoas que estão a sua volta, felicidade e, em contra partida tem recebido dessas, uma recompensa que é demonstrada das formas mais variadas. Um sorriso, um abraço, uma palavra de carinho, o reconhecimento.



É O PROFESSOR E TÉCNICO DE FUTEBOL JOÃO BATISTA CORRÊA ( CARINHOSAMENTE CHAMADO BRANDÃOZINHO) filho de Waldemiro Afonso Corrêa e Terezinha Tavares Corrêa, nascido nos Pimentas, município de Lavras, em 16/10/1958.



Nosso personagem, passou seus primeiros anos de vida na zona rural, mais precisamente nos Pimenta, local aprazível onde se pode apreciar a beleza bucólica e suas riquezas, ao lado de muitos amigos e familiares.



Fez as quatro primeiras séries do primeiro grau na Escola Rural dos Pimentas. As quatro últimas e o segundo grau, no saudoso Colégio Nossa Senhora Aparecida. O curso Superior de Matemática no FELA- INCA, em Lavras. Educação Física com especialização em Futebol e Futebol de Salão, na Faculdade de Educação Física, de Muzambinho.



Muitos não sabem que o Brandaozinho é o professor João Batista Corrêa e daí a indagação: porquê Brandão ? O apelido surgiu através do saudoso professor Dilo Pinto Moraes, em 1973, no Colégio Nossa Senhora Aparecida, quando João Batista iniciou os treinamentos da equipe de FUTSAL daquela escola e nessa mesma época o técnico da Seleção Brasileira de Futebol era o “ Mestre” Osvaldo Brandão e como nosso personagem era de estatura baixa e dadas as semelhanças com o mestre na forma de dirigir, foi apelidado de BRANDÂOZINHO.



Estava lançada a sorte daquele que viria ser um orgulho para os lavrenses por disseminar aos quatro cantos do Brasil, o nome de Lavras, através de sua pessoa e capacidade profissional.



A primeira equipe que dirigiu em Lavras, foi o Fluminense da Vila Murad, em 1975. Depois foi para o futebol profissional dirigindo a Associação Olímpica de Lavras de 1978 a 1981, clube de grandes tradições. Dali foi para o Fabril Esporte Clube, ali permanecendo de 1982 a 1990.

Dirigiu ainda a Seleção de Lavras pela Liga Esportiva de Lavras(LEL) e a Seleção de FUTSAL . Foi Técnico de Futsal do Lavras Tênis Clube.



Quantas alegrias, quanta felicidade propiciou dirigindo esses dois grandes clubes lavrenses. Basta relembrar os espetáculos que foram apresentados nos estádios da Rua Desembargador Alberto Luz (Olímpica), da Av. Vaz Monteiro (Fabril) e no estádio da UFLA. Era um mar de gente se acotovelando, sorrindo, gritando, aplaudindo as belas jogados e os bonitos gols. Tempo bom. Foi uma reprise dos velhos tempos quando aqui estiveram para enfrentar o Fabril e a Olímpica, os grandes clubes nacionais como Flamengo, Vasco, Santos, Botafogo, Cruzeiro, Atlético, América, Portuguesa e o internacional, Rosário Central. Tivemos aqui o privilégio de assistir Pelé, Garrincha, Zagalo, Vavá, Tarley Fantazzini, Paulão, Henrique, Sigrilo, Miranda, Bené, Alfredão, João Flú, Marcelão e Cia Ltda.



Daqui, Brandãozinho foi dirigir outros clubes de futebol como Marmoré, de Patos de Minas, Democrata, de Sete Lagoas, Democrata, de Governador Valadares, Guarani, de Divinópolis, Atlético Mineiro(juniores), Valério Doce, de Itabira, Uberlândia, Seleção Mineira de Profissionais em 1988, no último campeonato Brasileiro de Seleções e finalmente, o Vila Nova, de Nova Lima, vice campeão mineiro de 1997, cujo jogo espetáculo, foi mostrado em todo o Brasil.



Mas Brandãozinho não desenvolve apenas a profissão de Técnico de Futebol. É também professor de Matemática e dá aulas no CNEC de Lavras, desde 1983. Lecionou ainda no Colégio Nossa Senhora de Lourdes e no Colégio Tiradentes.



Nosso Personagem é um colecionador de títulos. De 1981 até hoje ganhou os seguintes: Campeão de Júnior da Liga esportiva de Lavras pela Associação Olímpica de Lavras; Bi-Campeão de Júnior pelo Fabril ; Tri-campeão Regional pelo Fabril ; Campeão Mineiro da 2ª Divisão com o Fabril; Campeão Mineiro do Interior com o Fabril; Campeão da Copa Triângulo com o E.C. Marmoré(Patos de Minas); Campeão Mineiro da 2ª Divisão com o Marmoré; Campeão Mineiro da 2ª Divisão com o Guarani de Divinópolis; Vice-Campeão Mineiro Módulo B com o Democrata de Sete Lagoas; Campeão Mineiro do Interior com E.C.Democrata de Gov. Valadares; Campeão Mineiro do Interior e Vice Campeão Mineiro com o Vila Nova de Nova Lima.



Foi ainda campeão FUTSAL das Olimpíadas Estadual do CNEC; Finalista da 1ª Copa EPTV - SUL DE MINAS; FUTSAL de Lavras.



Foi agraciado pelo brilhante trabalho como técnico com o TROFÉU DE MELHOR TÉCNICO DO FUTEBOL MINEIRO EM 1988 COM O FABRIL E EM 1997 COM O VILA NOVA. Recebeu ainda muitas outras homenagens mas pela sua humildade e singeleza entende que as melhores homenagens são aquelas recebidas dos apaixonados pelo esporte e torcedores dos clubes que dirige bem como dos seus alunos.



O professor e técnico de futebol João Batista, o Brandãozinho, nos mostra e prova mais uma vez com sua conduta e seu jeito simples de ser que os melhores perfumes vem nos menores frascos e que tamanho não é documento. Alias, sobre este tema, um outro mestre inesquecível que no passado foi diretor do Instituto Gammon, professor Sinval Silva, possuidor da mesma envergadura, certa vez disse: mede-se o homem é das sobrancelhas até a testa e não dos pés até a cabeça.



O pequeno grande homem que perfila hoje em nossa coluna é um lutador em busca de seus ideais tudo fazendo em prol do próximo, da comunidade.



É um apaixonado pela família. Vê nela um dos pilares e a célula mater. da sociedade. Em 24/11/1995, casou-se com Judith Nair Carvalho Corrêa, por quem sempre foi um apaixonado. Para a felicidade do casal, em agosto, chegará o primeiro herdeiro.



O PROFESSOR E TÉCNICO DE FUTEBOL JOÃO BATISTA CORRÊA - O BRANDÃOZINHO é Gente da Terra.








Homem & Roupas



No início das civilizações, o homem andava nu. Depois, aprendeu a se cobrir e passou a usar vários tipos de indumentárias como folhas de árvores, tintas, penas de aves, pele de animais. Hoje, utiliza os mais variados e sofisticados modelos criados pela moda. São roupas íntimas ou de cobertura usadas para proteção, conforto, embelezamento, fabricadas por uma grande variedade de produtos naturais ou artificiais como seda, lã, linho, algodão, jeans, casimira, tecidos sintéticos.

Há também, as de uso doméstico, como as roupas de cama. São roupas laváveis de várias padronagens e cores.



As roupas por nós usadas diariamente recebem o nosso suor, bem como, as partículas poluidoras esparsas no ar como poeira, pó de asfalto e outros elementos depositados em vários locais que, quando tocados, as impregnam, fazendo com que percam suas características naturais, adquirindo manchas e cheiro diferentes. Para serem reutilizadas precisam ser lavadas.



Desde os mais remotos tempos, o homem faz uso desta prática de lavar roupas para retirar delas, suas impurezas. Antigamente usava-se água com sabão preto. Hoje, usa-se a água e os mais variados produtos de limpeza, inclusive amaciantes. Há também a lavagem a seco feita através de produtos químicos.



Roupas bem lavadas dão gosto de serem usadas, quer sejam no corpo, quer sejam em casa.

As lavanderias hoje existentes, com máquinas sofisticadas de lavar, centrifugar, enxaguar, secar, vêm substituir as antigas lavadeiras e os antigos tintureiros que exerciam a atividade de lavar e passar. Estes eram homens que transportavam nos braços, camisas e ternos lavados, passados e, às vezes, até engomados; eram senhoras que caminhavam pelas ruas da cidade, carregando nos braços a mala de roupa, protegida por um lençol branco alvejado, lavada nas bicas, nas minas, torneiras, beira de rio e passadas com ferro de brasa.



Aqui em Lavras, lembramos da dona Rosa Calixto, da dona Maria Marta, dona Sebastiana, da dona Glória, dos tintureiros Durval, Gonçalo, Doló, Belém, João Paulino, João Fagundes, José Anselmo, Beti, Geraldo Theodoro, José Monteiro e tantos outros que ganhavam e ganham a vida nesta profissão.



Muitas casas ainda não possuem uma máquina de lavar e por essa razão as donas de casa, suas ajudantes, as lavadeiras, ou as lavanderias, executam este mister tão útil ao ser humano.



As máquinas continuam ganhando espaço mas, ainda estão longe de substituir o homem na sua totalidade, porque este trabalha com amor, coloca ali a sua alma, faz das pequenas, grandes coisas e, das ignoradas, as conhecidas de todos.



Este, como muitos outros, por ser um trabalho simples, não chama muito atenção mas, há sempre olhos para vê-lo, notá-lo e, coração para senti-lo.



Falando em homem, em roupa, em lavar roupas, nossa coluna trouxe para perfilar hoje, um dos tintureiros remanescentes de nossa cidade, já aposentado e que muito serviu a comunidade com seu labor.



É O TINTUREIRO JESUS MARCIANO RIBEIRO,( NELSON) filho de José Marciano e Aurisbela Júlia Ribeiro, nascido em Pedra Negra, município de Bom Sucesso, em 17/08/1926.



Sua infância foi vivida na zona rural, às margens do caudaloso Rio Grande, onde aproveitou pra valer sua meninice junto com os irmãos Jair( da Brahma), Décio sapateiro( pai do prof. Celso Marciano), da irmã e de muitos amigos. Ali nadava, pegava passarinho na arapuca, no alçapão, jogava bola e curtia a natureza.



Estudou as quatro primeiras séries do primeiro grau na Escola Estadual Protásio Guimarães, em Bom Sucesso. Por ser descendente de família humilde, não pode continuar seus estudos pois teve muito cedo de trabalhar para ajudar os seus.



Em 1944, em pleno tempo de guerra, aos 18 anos, veio para Lavras e aqui começou a aprender o ofício de tintureiro com o Sr. Durval, na praça Leonardo Venerando, na antiga casa do Dr. Nelson Figueiredo, onde se localiza hoje, a loja do Alberto.



Tempo de sol, de chuva, de frio, todos os dias estava o nosso personagem circulando pela cidade com cabides , ternos e camisas, dependurados.



Bem, nesta altura dos acontecimentos, por certo, algum vizinho da rua Dr. Álvaro de Carvalho, nas proximidades da Empresa Seabra, moradores da cidade, ou, alguém ao fazer a leitura deste artigo e ligar o nome com a fotografia, estará perguntando: por que JESUS E NÃO NELSON?



A resposta é muito simples. Quando nasceu, sua mãe, D. Aurisbela, pediu a sua avó que o registrasse em Bom Sucesso, e, essa, ao invés de colocar o nome de Nelson, o registrou como Jesus, e, até os dezoito anos, era chamado de Nelson por todos pois, era o nome dado pela mãe e só foi descoberto que era Jesus, quando foram buscar a certidão de registro.



O ano de 1959 marcou sobremaneira sua vida. Casou-se com Geralda Botelho Ribeiro. Desse casamento tiveram os filhos: Luíza Helena, Nelson e Nilson, Flávio, Edilson e Ágda. Tem nove netos.



Através de sua conduta e trabalho, conquistou muitas amizades em Lavras como: Toninho e Ernani Marani, Sebastião Santana, Tenente Adão, Marcão e tantos outros.



Em 1982, foi trabalhar na Prefeitura Municipal de Lavras, como contínuo, a convite do então prefeito, Antônio Marani, que substituía, à época, o candidato a deputado estadual, Maurício Pádua. Prestou seu labor naquela casa e no posto de saúde São Vicente, até 1992, quando se aposentou. Saliente-se, entretanto, que paralelamente ao serviço da prefeitura, ainda continuava nas horas de folga a exercer suas atividades de tintureiro.



O homem pode servir a sua comunidade de vários modos. Quer seja como um intelectual, quer seja como um trabalhador braçal. O importante é servir pois vivemos atrelados. Um dependendo do outro. Pensar que somos mais importantes do que os outros é ledo engano. Ninguém é mais e nem menos do que ninguém. Somos todos possuidores da mesma vida que, entretanto, habita corpos diferentes.



Imaginemos ficar por certo tempo com nossas roupas pessoais ou de cama, ou mesmo das crianças , sem lavar, passar. Como haveria de ser ? Imaginemos uma montanha de roupas sujas na sacola, no cesto, ou no quarto de despejo! Iríamos adquirir sempre outras novas para substituí-las? Conseguiríamos?



Aí está a importância do trabalho a que nos referimos. Todos são necessários. Somos o somatório das forças que possibilitam o funcionamento do mundo. Somos parte de uma enorme engrenagem. Se houver um dente quebrado, uma falha, a máquina pára ou trabalha mal.



Encaremos com amor o nosso trabalho. É através dele que poderemos continuar a obra inacabada que Deus nos entregou.



Trouxemos para nosso personagem a mensagem de Lezard :



“ SENHOR !



Dá a minha vida

o perfume das tuas flores

a pureza das suas pétalas.

Dá-me a luz quente do teu sol

a claridade das tuas estrelas.

Mas dá-me, ainda mais,

a coragem de estar sempre

pronto a servir os que me cercam,

a fazer por eles, se possível,

mais do que preciso,

para estar certo

de nunca fazer menos

que convém;

a coragem para ser o

primeiro

onde o trabalho é muito

e a tarefa é dura “.



O TINTUREIRO JESUS MARCIANO RIBEIRO é Gente da Terra.








BELEZA



A beleza é uma realidade que está presente implícita ou explicitamente em todos os lugares, todo o tempo, nos seres vivos e na natureza, enfeitiçando a todos com seus encantos e magias.



A beleza está na fluidez das formas, nas variedades das cores, na suavidade dos detalhes, na delicadeza da harmonia, na versatilidade de quem a possui.



Em tudo há uma fertilidade de formas, de conteúdo, de criatividade, de sensibilidade, fruto de uma verdadeira fórmula alquimística para descobrir detalhes inesperados que deslumbram e emocionam.



Olhemos os espetáculos das cataratas, das quedas d’água; das praias, dos crepúsculos; das auroras; das nuvens e seus matizes cambiantes; dos vôos, cantos e cores dos pássaros; das nuances dos verdes campos; das vozes que entoam cânticos ou simplesmente falam; do nascimento de uma nova vida; do desabrochar das flores; da mansidão ou do agitar das águas dos rios e mares; da elegância irretocável da mulher e do homem.



O homem, a mulher, constituem uma beleza especial.



São corpos perfeitos, com curvas delineadas, de rostos com traços harmoniosos, de sorrisos largos, com olhares significativos e, ainda quando não tanto privilegiados, demonstram um jeito próprio que realça detalhes aparentemente escondidos.



São seres delicados, inteligentes, elegantes, radiantes, frágeis, suaves, charmosos, com um perfil sempre arrojado a seduzir com seu jeito de ser.



É emocionante ver pessoas buscando beleza, descobrindo talentos e se deslumbrando com tantas riquezas.



É beleza aparente que se mostra e se consome com o tempo que, com ela, é implacável; é beleza interior que permanece contra a ação do tempo, cultivada pelos dons da sabedoria para compensar o que ficou para trás, driblando o tempo, expressando o que há de mais íntimo dentro das pessoas , além do visual.



A verdadeira beleza não se extingue, pois está sempre em consonância com o seu tempo.[



A beleza é um atributo esplêndido legado por Deus.



Como diz Aurélio:



Beleza é perfeição; conjunto de qualidades despertadoras de um sentimento elevado e especial de prazer e admiração.



Falando em beleza, nossa coluna trouxe para perfilar hoje, uma personagem que elevou o nome de Lavras, no Brasil e no exterior, divulgando o encantamento da mulher lavrense e as riquezas de nossa terra, e que, continua prestigiando-a, em suas funções ocupacionais na Capital da República.

É A COMUNICADORA SOCIAL DRA. MERCEDES ELIZABETH VON GLEHN SANTOS ( L I B A ).



Desde criança, na rua Benedito Valadares, no Kemper, no Gammon, na cidade, maravilhava a todos quer com seus finos traços de mulher, quer com sua delicada educação.



Estudou do pré, ao segundo grau, no Instituto Gammon. Fez o curso superior de comunicação Social, pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas e, especialização na Inglaterra, França, Espanha, outros.

Sua ascendência quanto à beleza foi um relâmpago.



Lavras viveu nos anos de 1960/61, um tempo de êxtase e vem recebendo ao longo desses que vão passando, um retorno daquela que foi e continua sendo, a sua eterna MISS LAVRAS, MISS MINAS GERAIS.



Em 1961, LIBA, como é carinhosamente chamada, casou-se com Dr. Álvaro José dos Santos. Desse casamento nasceram os filhos: Ester, Álvaro, Pedro, Gustavo e João.



Em uma de nossas conversas telefônicas, pedimos a ela seu currículo para que pudéssemos falar da sua vida mas, num P.S. da missiva que nos enviou, assim escreveu: “ Você me pede um currículo. Não sei fazer Currículo, lamento... Currículo é esse objeto em que as pessoas se apressam em apresentar o muito que produziram, em detrimento do pouco que sentiram. Desculpe-me, continuo toda emoção. Sou incorrigível, como sempre “ .



Assim, tomamos a liberdade de transcrever a carta que nos endereçou, procedendo da mesma forma com que fazia nosso saudoso e querido Bi Moreira.



“ Brasília, 20/X/97.



Prezadíssimo José Alves.



Recebi hoje um telefonema do Zé Márcio, cobrando-me os escritos que lhe devo, e prometidos há tanto tempo. ( O zé Márcio a que se refere Liba, é nosso amigo de infância, o filho do Vasco de Carvalho que trabalha em Brasília e muito tem feito por Lavras). O parênteses é do articulista.

Sinto-me imensamente feliz com o convite, voltar a Lavras é sempre uma alegria renovada.

Quanto à homenagem, é que achei algo imerecido. Os tempos de Miss já se vão longe, anos, pra não dizer décadas. Nesse meio tempo, já virei mãe, avó, com todos os adendos e complementos pertinentes.



Com tanta Miss linda que a cidade anualmente festeja, não dá pra entender. Tenho dado “tratos à bola” sobre o fato.



Suponho que eu reflita a juventude de uma época em que prevalecia a alegria e intensidade de viver; em que éramos pobres, nenhum consumismo possível, felizes e de uma monostérica simplicidade.



Guimarães Rosa diz que a simplicidade é a suprema forma da eficácia. E é mesmo.

Tínhamos a nossa juventude, as amizades ( que perduram até hoje), éramos o que éramos, lealdade e honestidade representavam coisas importantes.



Tínhamos essa Lavras maravilhosa, com seus moradores incríveis, os esportes, o jardim e o rela. As regras eram severas e os limites bem definidos.



Curtíamos a lua cheia, as festas do grêmio, as cantorias. As ruas sem calçamento, os tambores, as marchas, a ginástica, os estudos, as provas finais, o fim do ano, o natal.

Na realidade, nem é da Silva- Miss, que as pessoas se lembram, pois nem “ aquela “ miss- essas coisas-eu era.



Mas sim, a menina simples, filha da D. Dorothea professora, que morava na rua Benedito Valadares, que estudava no Gammon, amiga de todo mundo, que subia e descia morro para jogar voley e dava aula no Asilo com as mestras Vitória e Nieta. Participava de tudo, namorava(sem dar a mão). Porém, bastava um olhar, o coração batia feito tamborim, frontes latejantes.



E os ipês ? Roxos, Brancos e Rosa. Inesquecíveis... Debaixo de um deles ainda bem menina tive minha primeira e grande desilusão. Sofri e chorei por amor. Era a desgraça eterna... Foi debaixo também de um pé de ipê que fui pedida em casamento.



Era a época dos grandes sonhos, a ternura tomava conta das nossas existências.



É essa época feliz, que as pessoas não querem, não desejam esquecer !



Os anos vão passando, a gente adentra pela vida sem vê-la passar.



São tantos os trabalhos, lutas, emoções, decepções e tristezas. Porém, à medida que o tempo passa- como dizia D.Carmem Cartaxo,- “ as coisas que acontecem, não vão mais retumbando feito tambor, no peito da gente. Ficam mais amortecidas. È uma certa sabedoria que vem chegando”.



Certa vez, aí em Lavras, numa reunião de Rotary, resolveram homenagear a Miss de então. A oradora da noite, era D. Maria Pereira, talvez a mulher mais brilhante que eu tenha conhecido. Era a esposa do Pastor. Quando ela tomou a palavra esperei chumbo grosso, palavras duras de advertência e admoestação bíblica. (Na Igreja não era lá muito bem visto esse “negócio” de Miss).

Ela com palavras e voz muito doces, elogiando a minha juventude disse:



“ Se não fores bela aos 20

Se não fores forte aos 30

e Se não fores sábia aos 50,

jamais serás: nem bela, nem forte, nem sábia “.



jamais me esqueci, nem das palavras, nem da D. Maria Pereira.



Hoje, esforço-me para conseguir alguma sabedoria.



Volto-me às lembranças de Lavras. São tão fortes, que quando aí chego esqueço-me do que fiz depois que saí.



Respiro o ar da cidade, quero visitar todos, em cada canto uma lembrança, uma saudade.

Volto para rever aqueles que tão carinhosamente me amam e a quem retribuo de todo coração. Saint Exurpery diz que “Você é responsável pelo que cativa” ! Eu sou mesmo!



Com carinho, um abraço “.



Nossa personagem, sequer, deu-nos oportunidade de adentrar seus pensamentos. Materializou-os com tanta felicidade que nada podemos acrescer, senão com alguns detalhes que pela modéstia e simplicidade ela deixou de escrever.



A família é da Estônia. Ainda hoje existe o Castelo Medieval do Barão Von Glehn, onde Dorothea, mãe da LIBA, ocupava um enorme quarto, com uma janela voltada para o mar Báltico.



Dra. LIBA foi sempre alvo de muitas homenagens pelos relevantes serviços prestados ao país, como a que se vê na foto, Medalha da Inconfidência. Receberá brevemente a medalha Amigos da Marinha. Em Lavras, foi agraciada com o Título de Cidadã Lavrense. E, pelo Brasil, muitas outras.



Ela é, hoje, Chefe do Setor de Relaçoes Públicas do Cerimonial da Presidência da República.



Sua humildade é tamanha que não faz alarde sobre o que realiza e o que é.

Nossa “ MISS “.



Já não temos mais o bondinho subindo e descendo.

Já não temos mais tantos ipês como antes.

Já não temos mais aquela fluência de jovens e namorados no rela e no redondo do jardim.

Já não temos mais o Cine Municipal.



Mas, LAVRAS continua a mesma “Terra dos Ipês e das Escolas”, com um jardim maravilhoso, com uma fonte derramando lágrimas coloridas de alegria, com nossa Serra da Bocaina, com a Ponte do Funil, com a Igreja do Rosário, com o Gammon, com a Universidade, com a rua Benedito Valadares, com seu povo amável, hospitaleiro e, com um coração enorme, repleto de felicidade, esperando pela sua visita e a de todos que a amam.



Diz o adágio:



“Quem foi rainha sempre será majestade”.



Plagiando Saint Exurpery



Se tu vens dia 29 de novembro, à nossa festa, desde hoje começaremos a ser felizes.



A COMUNICADORA SOCIAL DRA. MERCEDES ELIZABETH VON GLEHN SANTOS ( L I B A ) é Gente da Terra.








LEIS, JULGAMENTOS E POESIA



Na vida somos julgados a cada momento.



Discernir o legal do ilegal, o justo do injusto, a verdade da mentira, não é tarefa fácil.



Lembramos sucintamente do exemplo de Salomão, quando duas mães litigavam pela maternidade do filho e que, depois de ouvi-las, com sabedoria, assim decidiu :



”Corte a criança ao meio e dê a metade para cada uma das mães”.



Ao ouvir tal sentença, a verdadeira mãe em prantos, se expressou :

“ Dê meu filho a outra, mas não o mate “.



Desta forma, o sábio julgador pôde descobrir a verdade, entregar o filho à verdadeira mãe e, impor a outra, o castigo devido pela mentira que dissera.

O tempo flui.



A sociedade passa por profundas transformações, políticas, econômicas, sociais, evoluindo-se, no sentido de propiciar aos homens que se agrupam por objetivos comuns, melhores condições de vida. Entretanto, a lei, preceito ordenador da convivência humana, não tem evoluído com a mesma velocidade com a qual se processam essas mudanças e, os conflitos de interesse vão se tornando cada vez mais aparentes, fazendo-se necessária, a presença do Estado, como elemento de equilíbrio, na sociedade .



Desde a antigüidade, ao julgador não basta simplesmente aplicar a fria lei, é preciso que saiba interpretá-la dentro dos pressupostos estabelecidos pela hermenêutica, que tenha sensibilidade, que seja um harmonizador de tendências, um catalisador de normas, para julgar o homem face a um todo na sociedade em que vive. Acresça-se. Um julgador que se aperfeiçoe continuamente, cultural e humanamente para melhor fazer justiça, sem cair na rotina, sendo criativo, reciclando, atualizando-se, ampliando seus conhecimentos, para prolatar uma melhor decisão com a aplicação da lei para os fins pelos quais foi criada.



Neste mundo nada fica inerte, tudo se movimenta. A lei do cosmo é esta. Não se pode falar em repouso e, muito menos, da lei, que é o elemento ordenador da conduta do homem dentro da sociedade. Para isso, espera-se dos legisladores, sejam elaboradas leis modernas com a mesma velocidade com que ocorrem as transformações na sociedade para que, os julgadores, formando suas convicções, possam, em suas decisões, aplicá-las com sensibilidade, serenidade, inteligência e, sobretudo, com o necessário alcance evolutivo pelas quais foram votadas e sancionadas.



Nossa Carta Novel, Lei maior, no capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais, dá-nos um exemplo dessa assertiva quando fala da liberdade de expressão e, com isso, possibilita ao homem, dentro de seus direitos e deveres, materializar seus pensamentos, como faz o poeta em seu livro, Versos e Reversos, mostrando a magia do sentimento:



PRESENÇA



Se eu falasse

da saudade que sinto

quando estou longe de ti,

por certo

não acreditarias em mim.

Se eu te contasse

as horas todas

que penso em ti,

desejando-te perto

sabendo-te longe,

por certo

não acreditarias em mim...

Mas,

se perto de ti eu falasse

e contasse

e te olhasse nos olhos,

e te apertasse nos meus braços,

estou certo

de que acreditarias em mim...



Falando em leis, em julgamentos, em poesia, trouxemos para perfilar hoje, em nossa coluna, Gente da Terra, um personagem que há quarenta e dois anos, participa ativamente de nossa comunidade.



É O JUIZ, PROFESSOR, ACADÊMICO, ROTARIANO, ALMIR DE PAULA LIMA, filho de Francisco de Paula Lima e Rosa Lima de Paula, nascido em São Manoel do Mutum, MG, em 29/11/1919.



Viveu sua infância em Mutum, onde, como todo menino, se divertiu com os brinquedos e brincadeiras da época.



Cursou as quatro primeiras séries do primeiro grau, na Escola João de Barros, em sua cidade natal. As quatro últimas, parte na Escola São Vicente de Paulo, em Vitória, ES, e outra, no colégio Evangélico de Jequitibá, onde fez também, o segundo grau. O curso superior de Direito, em Belo Horizonte.



Quando na capital mineira, estudante de direito, trabalhou como professor nos Colégios: Batista e Tristão de Ataide, ministrando aulas de várias disciplinas. Foi também, no Colégio Batista que conheceu sua aluna Wanda, com quem mais tarde se casou. Além disso foi cobrador da Rádio Inconfidência, gerente do Esporte Clube Paissandu, superintendente da Confederação Mineira de futebol.



Como atleta, defendeu a Federação Universitária Mineira de Esportes (FUME), como jogador de vôlei, tendo sido campeão por cinco anos. Pela violência de suas cortadas, foi intitulado pela imprensa como “ O homem do Tacape “.



Bacharelou-se em Direito, em 1943.



Neste mesmo ano, casou-se com Wanda. Tiveram os filhos: Luiz Augusto, Angela e Paulo Marcos.



Formado, exerceu a advocacia em Belo Horizonte e, em 1945, prestou concurso para delegado, tendo sido aprovado e designado para Carangola, onde ficou por um ano. Passou também pelas cidades de: Formiga, Pouso Alegre e Pirapora.



Em 1954, fez concurso para Juiz de Direito, sendo designado para a Comarca de Leopoldina, onde permaneceu três meses, transferindo-se para Lavras, em agosto de 1955.



Foi Juiz de Direito da Comarca de Lavras, por dezoito anos, quando se aposentou. Além da magistratura, exerceu várias outras atividades. Professor da Escola Estadual Dr. João Batista Hermeto, do Instituto Gammon, onde também foi reitor. Durante sua gestão como reitor, construiu o prédio de aulas Silva-Calhoum e o Ginásio Coberto que leva hoje, o seu nome. Ampliou o estádio esportivo, pavimentou alamedas. Durante dois anos foi inspetor do INCA.



Convidado a participar do Rotary Clube de Lavras, ingressou em suas fileiras no ano de 1956, tendo sido seu presidente por mais de uma vez. Foi governador do Rorary, do Distrito 4560, em 1960 e, Conselheiro de três Distritos, em 1961. Sua atuação foi notável.



Entrou para a Academia Lavrense de Letras, sendo seu presidente por três vezes. É também acadêmico da Academia Municipalista de Letras; da Academia Itajubense de Letras; da Academia Sanjoanense de Letras. É Delegado da Associação Brasileira de Trovadores na Região. Publicou quatro livros: “Versos Diversos” , “Diversos Versos” , “Versos e Reversos” e “Conhecer para Amar”. Em fase de lançamento o livro “Diversidades”.



Lançou em Lavras, juntamente com o saudoso Dr. Genésio Botelho, os bairros: Centenário e dos Ipês.



Por seus trabalhos foi agraciado com: Medalha de Mérito Judiciário “Desembargador Hélio Costa”, conferida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais ; Título de cidadão Honorário de Lavras, em 07/08/1968; Título Paul Harris, do Rotary Internacional, outros.



Nesta selva de pedras em que vivemos, com nossas inúmeras atividades profissionais exercitadas no dia-a-dia, na luta pela sobrevivência, o homem não perde sua sensibilidade, pelo contrário, a aperfeiçoa, através do palmilhar de cada centímetro, de cada dia, tornando-a cada vez maior, porque só vivendo, vendo, ouvindo, sentindo, é capaz de se humanizar mais e mais, mostrando aquilo que povoa sua mente e seu coração.



Trouxemos do nosso personagem-poeta, mais uma página para o deleite de nossos leitores:



BOM DIA AMOR



Bom dia amor!

Desperta e vê

como está linda a manhã lá fora.

É o sol que vem

doirando as copas verdes

mandando a noite embora.

São as aves

que saem de seus ninhos

onde estiveram escondidas,

e enchem o ar de cantos,

saudando o novo dia

estuante de vida.

São as vozes

que se levantam

aos poucos,

de todos os lados

num conjunto de sons

que anunciam

presságios bons.

Bom dia, amor!

Desperta e vê

como está linda a manhã lá fora.

É um novo dia

que surge

para o nosso amor...



O JUIZ, PROFESSOR, ACADÊMICO, ROTARIANO, ALMIR DE PAULA LIMA é Gente da Terra.








LIONS, LEÕES E A HUMANIDADE



O Lions Clube iniciou-se com um sonho de um jovem agente de seguros de uma companhia de Chicago. Este jovem era Melvin Jones. Seu sonho era a consolidação de diversos clubes independentes, já então existentes, em um bloco forte e influente para SERVIR A HUMANIDADE. Houve uma reunião e, dessa, resultou a convocação para a Convenção Anual da Associação que se realizou de 8 a 10 de outubro de 1917, em Dallas, Texas, com a participação de 23 clubes. Assim foi fundado o Lions.



Em Lavras, o Lions foi fundado em 13/06/1965, quando aqui aportaram os companheiros do Lions Clube de São João Del Rei, que vieram apadrinhá-lo. Eram 22 sócios fundadores. A carta constitutiva foi concedida em 12/09/65. Em 1970, o Distrito L -11 passou a ser L -20. Esse Clube funcionou no Clube de Lavras, no imóvel de nº 264 da rua Dr. Francisco Sales e, hoje, em sua sede própria, no anexo do Lar Augusto Silva.



O Lions Clube de Lavras, ao longo dos anos vem realizando inúmeros trabalhos comunitários. Festa junina do asilo, doação de sopa, natal dos pobres, doações a Vicentinos, feira de roupas e calçados, doação de geladeiras para as escolas da cidade, construção do posto do Asilo, em 1971, hoje desativado , após vários anos de funcionamento, e tantas outras.



Vê-se que esse Clube de serviços, formado por líderes é realmente um senhor Clube, com o objetivo de servir.



LIONS



L- iberdade

I - Inteligência

O -Ordem

N - Nacionalidade

S - Serviço.



Iniciamos nosso artigo dessa semana, enaltecendo o Lions Internacional que este ano comemora seus 80 anos de existência e serviços prestados a comunidade mundial, através de seus sócios que ostentam com muita honra, na lapela, o distintivo do Leão.



Nosso personagem é um desses milhares de sócios espalhados pelo mundo e que tanto tem feito em benefício do próximo.



É O LEÃO JOÃO EVANGELISTA RESENDE FILHO, nascido em São João Del Rei, em 1/1/33, filho de João Evangelista de Rezende e Rita de Andrade Rezende.



Sua infância foi como a de tantas crianças. Jogou bola de gude, finco, andou de patinete, carinho de rolimã, trole, soltou papagaio(pipa).



Fez as quatro primeiras séries do Iº grau na Escola Estadual João dos Santos. As quatro últimas e o segundo grau, no Colégio Santo Antônio, em São João Del Rei. Administração Pública, em Belo Horizonte.



Foi colega de sala e de carteira do ex-ministro Francisco Neves Dorneles, no antigo curso de admissão.



Aos dezoito anos de idade, iniciou suas atividades profissionais, como contador da Prefeitura. Pelo desenvolvimento de seu trabalho logo foi guindado ao cargo de chefe do departamento de contabilidade da mesma.



Sentindo seu potencial, prestou concurso para o ex Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Industriários (IAPI), onde classificou-se em 1º lugar. Foi nomeado e designado para exercer suas atividades, em Santos Dumont,MG, pelo Presidente da República, Juscelino K. de Oliveira.



Da cidade de Santos Dumont foi transferido para São João Del Rei, como Informante Habilitado ( cargo de chefia, responsável pela autorização e pagamento dos benefícios). Em seguida foi promovido a chefe de Benéficos do Serviço de Seguros Sociais.



Com a unificação dos Institutos em 1967, transformando-se em Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), hoje denominado Instituto Nacional de Seguros Sociais (INSS), nosso personagem ocupou cargos de destaques em várias agências para a reorganização da previdência, sendo a penúltima, Uberlândia, de onde veio para Lavras, em 1971, como Agente Regional.



Trabalhou em Lavras até 1986. Sua aposentadoria se deu em 1984, mas, por solicitação do Ministro Jarbas Passarinho, permaneceu no cargo por mais dois anos, aposentando-se definitivamente no serviço público, em agosto de 1986.



Deixou sua marca de administrador pela forma correta com que tratou a coisa pública. Era admirado por seus colegas e funcionários pela seriedade com que desempenhava sua funções. Todos, superiores e seus pares, tinham nele, a certeza da competência profissional. Angariou dos segurados uma grande amizade pela lhaneza de trato.



Pelos relevantes serviços prestados ao INSS, recebeu do Ministro Jair Soares, uma das maiores homenagens daquela instituição- a Comenda da Previdência Social.



Mas, nosso personagem, “ Joãozinho do INPS “, como é carinhosamente chamado por todos, não se limitou somente a trabalhar para a Previdência Social. Ingressou-se nas fileiras de clubes que têm como objetivo maior, SERVIR AO PRÓXIMO.



Esta é uma de suas principais características. Gosta de servir, de ajudar o semelhante, e, as pessoas que convivem com ele, sabem disso.



Em 1966, a convite do Dr. Mauro Pinto Moraes, entrou para o Lions. Ocupou, no transcorrer desses anos, todos os cargos a nível de Distrito, e no Distrito L-20, foi três vezes Vice-Governador e inúmeras vezes, assessor da Governadoria. Atualmente exerce o cargo de Relações Públicas- Instruções Leonísticas e Protocolo do Distrito.



Foi agraciado com a Comenda de Orientador de Lions Club, pelo Lions Internacional

É Vicentino, confrade da Sociedade de São Vicente de Paulo, há mais de 15 anos. Foi presidente da Conferência Nossa Senhora das Mercês e, recentemente, foi eleito Presidente do Conselho Particular de Lavras.



Sua liderança se faz notar em todos os lugares por onde passa. Em São João Del Rei, sua cidade natal, também deixou sua marca no Athletic Futebol Clube, time de seu coração. Foi secretário e procurador em todas as instâncias, defendendo-o. É, dele, sócio Benemérito.



Seu amor por Lavras é notório. Ao longo dos anos, através de seus trabalhos comunitários tem demonstrado isso. Recebeu por merecimento, o Título de Cidadão Honorário de Lavras. Foi também homenageado com os Títulos de Honra ao Mérito, um, outorgado pelo Rotary Clube de Lavras e, outro, pela Associação dos Veteranos da FEB, Regional de Lavras. Há vinte e seis anos veio para cá e daqui não pretende mais sair, pois adotou-a como sua.



João Evangelista carrega consigo suas paixões como o rádio, o teatro, a música, a fraternidade.

Faz questão de ressaltar e enaltecer a família pois reconhece que esta é a base de sustentação e orientação da sociedade.



Em 1959, casou-se com sua amiga de infância, Maria Anunciação de Rezende. O casal teve os filhos: Janethe, José Maurício, João Carlos e Elizabeth dos quais se orgulha tanto.



Para nosso personagem escrevemos uma página que muito tem a ver com sua vida, tendo sido, toda ela, a confirmação autêntica do que aqui expressamos:



Fazer.



Na caminhada pela vida, em nossas idas e voltas, ao longo dos anos que passam, o que realizamos? Falamos muito em amor, em fé, em solidariedade, em tantas coisas bonitas mas, pouco, muito pouco, empenhamos em fazer o que falamos. Muitas das vezes, falamos uma coisa e fazemos outra.



É preciso fazer mais, realizar mais e falar menos. Precisamos mais de ação do que de promessas. Precisamos abrir novos caminhos, derrubar obstáculos para chegarmos ao futuro unidos com nossos irmãos.



Caminhemos de olhos abertos, de ouvidos aguçados, de braços estendidos, para que possamos enxergar melhor, ouvir melhor, acolher o próximo, como gostaríamos que esse nos acolhesse.

E mais feliz quem se doa, quem mais partilha.



Ninguém é feliz sozinho.



Façamos alguém feliz partilhando o que temos e nos sentiremos felizes.

A vida nos ensina isso.



O LEÃO JOÃO EVANGELISTA RESENDE FILHO é Gente da Terra.








LÁGRIMAS



Quem ainda não as derramou ?



Sejam de tristeza, pela saudade de alguém que partiu para não mais voltar, sejam de alegria, pela felicidade de um sonho realizado, todos já verteram essas pequeninas gotas, que brotam dos olhos, traduzindo os sentimentos da alma e do coração.



Nossos olhos não mentem. Além de enxergarem o que passa ao nosso redor, ainda traduzem nossas emoções. Não há como não sentir ou não se aperceber dos sentimentos de alguém, olhando nos seus olhos.



Observemos o olhar de uma criança, a sua pureza, a sua sinceridade; de uma pessoa apaixonada, sua expressão de felicidade; de um moribundo, a sua dor, a desolação. Nossos olhos falam por nós.



Em determinados momentos, desejamos falar às pessoas, mas as palavras se perdem nos lábios; queremos fazer um consolo com as mãos, mas essas se tombam incapacitadas, vindo, então, as lágrimas, que afogam nossos olhos, e tombam sobre a face numa demonstração de dor, de carinho, de amor, de solidariedade, acompanhadas de soluços, muitas das vezes, mudos.

É hora de enchermos o coração de amor e fazê-lo sorrir, vibrar com maior intensidade, seja através de uma visita a quem está no leito de um hospital ou numa cela de um presídio; seja saciando a fome e a sede de alguém com um prato de comida, com um copo d’ água; ajudando a construir um barraco para um sem-teto; seja através de uma palavra amiga a quem está desesperado e desesperançado, para que os olhos reflitam este estado de espírito e, se desejarem, deixem rolar lágrimas de felicidade.



Que haja amor em forma de servir, de uma rosa, de uma palavra, de um olhar, de uma lágrima.

A vida é linda. Vamos compartilhá-la com alguém. Abramos as portas de nossos corações. Deixemos entrar quem de nós precisar. Nossos corações têm espaço para todos. É só querermos. O tempo voa. Valhamo-nos do momento, fazendo alguém feliz. Não deixemos que as lágrimas da tristeza, que inundam os olhos, impeçam nossos irmãos de enxergar o brilho do sol e das estrelas.



Amemos sem interesse, sem egoísmo, sem meias palavras, amemos, e nossos olhos estarão sempre brilhando, umedecidos pelas lágrimas que não derramamos, traduzindo o nosso sentimento.

Lágrimas.



Quem ainda não as derramou?



Falando em lágrimas, em olhos, em amor, em solidariedade, nossa coluna, Gente da Terra, trouxe para perfilar hoje, um personagem que tem toda a sua vida voltada para o servir no amor ao próximo.



É O CORRETOR IMOBILIÁRIO ANTÔNIO FERREIRA DE REZENDE - TOTONHO - filho de Gabriel Ferreira de Rezende e Maria das Mercês de Rezende, nascido em Conceição da Barra, MG, em 25/02/1922.



Viveu sua infância na Guarita, em Sto. Antônio do Amparo e a adolescência em Perdões.

Fez as quatro primeiras séries do primeiro grau, em uma Escola da cidade de Perdões e no Colégio Dom Bosco.



Descendente de família humilde, muito cedo começou a trabalhar no comércio, com seu pai. O armazém era na casa do Ciriáco Gomide. Daí, o apelido de Totonho Gomide. Teve, também, um bar de sua propriedade lá em Perdões.



Em junho de 1949, veio para Lavras. Adquiriu o famoso Bar Antártica, de tantas histórias e recordações, que se localizava onde é hoje o Banco Real, em sociedade com Pedro Gomide. Foi proprietário daquele por uns três anos. Em seguida comprou o Bar Tujague, em sociedade com João Dutra. Foram sócios durante 20 anos. Ali havia o bar propriamente dito e um grande salão de jogos de sinuca e bilhar onde as pessoas se divertiam.



Desfeita a sociedade, passou a vender imóveis e carros.



Com Pedro e Mozart Gomide, criou os bairros Jardim Floresta, Vila Nilton Teixeira, Vila Nossa Senhora de Lourdes.



Trabalhou na venda de carros com José Abraão e José Haical Haddad, na antiga S/A Lavrense de Veículos, que tinha como um dos sócios o inesquecível Haical Haddad.

Depois passou a negociar somente imóveis, como intermediário, ou seja, como corretor.

Paralelamente aos negócios, vem ao longo dos anos, prestando um grande serviço social à comunidade lavrense.



Foi o zelador dos Cemitérios São Miguel e da Saudade por mais ou menos 20 anos, logo após ter deixado esta incumbência o Sr. Azarias de Pádua (Neném), que até então, era quem deles cuidava. Trabalhou com os Padres : Henrique, João Prost e Padre Aurélio, Vigários da Paróquia de Sant’Ana, dos quais gozou de grande estima e admiração pelo labor anônimo e altruísta, desenvolvido nos Campos Santos e com os pobres.



Uma passagem interessante aconteceu quando lemos no muro do Cemitério São Miguel, um pensamento filosófico de autor desconhecido :



“ Aqui não há futuro e todos se igualam “.



Juntamente com o Padre João Prost, Totonho teve a idéia de construir um velório para a cidade e, através do total apoio e encampação da mesma pelo prefeito Dr. Maurício Pádua, foi edificado. A planta foi do engenheiro Dr. José Alfredo Unes.



Nosso personagem é Vicentino há cinqüenta anos. Pertence à Conferência N.S. das Mercês. Preocupado com os menos favorecidos pela sorte, por volta de 1980, vendo a falta de moradia, pediu ao José Bonifácio (Pereirinha), industrial lavrense, que lhe desse o material para construir a primeira casa, na Vila N.S. das Mercês, no bairro São Vicente, cujo terreno estava vazio. Conseguiu.

Depois da construção desta primeira casa, Totonho e Padre João conseguiram construir mais vinte e seis casas, cujos materiais foram doados por clubes de serviços, empresários, industriais e particulares. Hoje, a Vila ampara mais de três dezenas de pessoas carentes, entre adultos e crianças. Além da moradia, os confrades dão toda cobertura àqueles que lá vivem. Raimundo Assis Lima, atualmente, é o responsável pela Vila.

A vida de Totonho é dedicada à família, à Igreja e aos pobres.



Em 1954, no dia 29/05, Totonho casou-se com a lavrense Telma Sampaio Rezende, com quem teve os filhos: Antônio, Sebastião, Fátima, Cláudia e Gabriel. Todos nascidos em Lavras.

Nosso personagem pertence à Irmandade do Santíssimo Sacramento.



Durante sua convivência com os Padres, Vigários da Paróquia de Sant’ Ana, sempre prestou assistência na compra dos imóveis que a paróquia adquiria, aconselhando-os.



Pelos serviços prestados à comunidade, foi agraciado com o Diploma de Honra ao Mérito, pela Prefeitura Municipal, no Governo da prefeita Jussara Menicucci.



É o Corretor mais antigo da cidade e sempre gozou de grande respeitabilidade junto à comunidade, pela seriedade com que realiza seus negócios.



Seus pares o admiram pela simplicidade, ética profissional.

Para nosso personagem, responsável por uma parcela do desenvolvimento de nossa Lavras, e pela solidariedade prestada aos menos favorecidos pela sorte, trouxemos uma mensagem do Pe. Orlando Gambi:



A BONDADE E O AMOR



Quem é bom, dá para quem vive;

Quem ama, vive para dar.

Quem é bom, suporta a ofensa;

Quem ama, a esquece.

Quem é bom, compadece-se;

Quem ama ajuda.

Quem é bom, faz o que pode;

Quem ama, pode o impossível.

Quem é bom, revela os erros;

Quem ama, não deixa errar.

Quem é bom, ajuda quando está perto;

Quem ama, sempre está perto para ajudar.

Quem é bom, também ama;

Quem ama, sempre é bom.

Quem é bom, atende às necessidades;

Quem ama, tem necessidade de atender.

Quem é bom, não faz mal a ninguém;

Quem ama, faz o bem a quem faz mal.

Quem é bom, vê as condições para dar;

Quem ama, dá sem condições.

Quem é bom, é como Deus o fez;

Quem ama, faz como Deus quer.

Quem é bom, às vezes se cansa;

Quem ama, nunca descansa.

Quem é bom, vê o homem que pede;

Quem ama, vê, no homem, Deus que pede.



O CORRETOR DE IMÓVEIS ANTÔNIO FERREIRA DE REZENDE-TOTONHO- é Gente da Terra.








EXPECTATIVA



Bolsas de valores, crise, reformas, privatizações, preços, taxas de juros, ajustes, medidas de impacto, alternativas, estratégia, competição, globalização, mercado interno e externo, importação, exportação, câmbio, estabilidade, pacotes, são palavras da atualidade, de causa e efeito, na sociedade.



Expectativa.

Os industriais temem produzir com receio da recessão.

Os empresários preocupam-se com a retração do mercado.

Os investidores se sentem inseguros com as oscilações das bolsas.

Os comerciantes com medo da inadimplência.

Os trabalhadores com o pavor ao desemprego

A sociedade, num todo, com

Expectativa.

Há uma verdadeira turbulência econômica mundial.

A lei da oferta e da procura mais uma vez se faz presente.

É a lei que controla o universo financeiro.

Expectativa.



Desde os primórdios, vivemos em expectativa. Agora, mais do que nunca, ela está presente causando-nos uma grande inquietação ante a situação aflitiva que passamos de insegurança, incerteza, ansiedade e, o resultado, oriundo de tudo isso, é o stress.



A vida cada dia que passa está se tornando cada vez mais difícil. Os homens estão perdendo a alegria de viver pois já não têm mais a certeza no amanhã. A família, não se divorcia pois vive o dia-a-dia da casa, participando ativamente dos acontecimentos domésticos e profissionais. Em razão disso, os consultórios de médicos, psicólogos, estão repletos de pessoas estressadas, doentes pela intranqüilidade e insegurança que vivem.



Expectativa.

De solução.

De melhores dias.

De tranqüilidade, de calma, de paz, de soluções.



Às vezes, ficamos pensando se seria melhor viver naqueles dias de outrora, sem toda essa parafernália de cibernética e de tecnologia de ponta a propiciar todo esse avanço, ou , se seria melhor, viver os tempos de hoje, com esta expectativa?



Acreditamos ser uma incógnita pois, cada tempo tem o seu tempo, seus personagens, seus questionamentos, suas expectativas.



Para amanhã, qual será nossa expectativa?



Não sabemos, mas, o importante é estarmos vivos para tê-la e lutarmos juntos, pela solução do que emergir quer no mundo dos negócios, quer no mundo cotidiano pois, como se sabe, “não há mal que sempre dure e não há bem não se acabe.”

Expectativa.



Falando em expectativa, nossa coluna, Gente da Terra, trouxe para perfilar hoje, um personagem que vem ao longo dos anos, ministrando aulas, fazendo análise no setor econômico e expressando suas expectativas a curto, médio e longo prazo, no sentido de informar a população sobre economia.



É O PROFESSOR DR. RICARDO PEREIRA REIS, filho de Gabriel Gouvêa Reis-Bié Reis(in memorian) e Sônia Pereira Reis, nascido em Carmo da Cachoeira, MG, em 23/09/54.

Veio para Lavras, aos dois anos de idade e aqui se radicou.



Sua infância e adolescência foram vividas nas imediações da Escola Estadual Firmino Costa, vizinha à casa de seus avós maternos, Sr. Lafite e D.Milota, jogando futebol, soltando papagaio, brincando de pique, ao lado de inúmeros amigos.



Fez as quatro primeira séries do primeiro grau na Escola Estadual Firmino Costa, as quatro últimas e o segundo grau, na Escola Estadual Dr. João Batista Hermeto. Graduou-se Engenharia Agronômica pela(ESAL), hoje Universidade Federal de Lavras, tendo sido o segundo colocado em uma turma de 75 alunos.



Iniciou sua carreira de magistério na Escola Estadual Dr. João Batista Hermeto, como professor de Biologia, e, em 1978, ingressou na Universidade como professor do Departamento de Administração e Economia, onde permanece até hoje.



Em 1979, foi para a Universidade de Illinois, Estados Unidos, cursar o mestrado em Economia Rural. Em 1987, foi para a Universidade Federal de Viçosa, onde obteve o título de doutor em Economia Rural.



A partir de sua tese de doutorado, publicou um artigo cientifico sobre o mercado do leite que lhe valeu o Prêmio Ruy Miller Paiva, da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural, como o melhor trabalho de pesquisa de 1994.



Seu currículo inclui referências invejáveis para um pesquisador de sua área. Publicou inúmeros trabalhos de pesquisas em revistas do país e do exterior, vem participando de congressos, atuando como orientador de uma dezena de estudantes do mestrado em Administração Rural e de bolsistas de iniciação científica, além de haver participado de cerca de 40 bancas de dissertações. É consultor científico de inúmeras revistas especializadas, consultor técnico do SEBRAE-Minas, pesquisador do CNPQ e da FAPEMIG.



Em setembro de 1996, foi aprovado em concurso público para Professor Titular da UFLA, o mais alto posto da carreira de um professor universitário, cadeira que ocupa na área de Economia Rural. Pela sua competência e liderança, já coordenou o curso de Mestrado em Administração Rural da UFLA e, hoje, chefia o Departamento de Administração e Economia, além de ser vice-presidente da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural.



Nosso personagem é um dos coordenadores do IPC-UFLA, Índice de Preços ao Consumidor(IPC) que mede a inflação regional, além dos Índices de Preços Agrícola. Foi um dos primeiros pesquisadores a trabalhar com a integração do MERCOSUL, na área leiteira, tendo orientado pesquisas, avaliando a tecnologia e competitividade dos produtos lácteos entre Minas Gerais e Argentina. Como resultado dessas atividades, tem feito inúmeras palestras e seminários técnicos, consultorias, entrevistas para a EPTV Sul de Minas, TV Alterosa Sul, Globo Minas, emissoras da Rede Cultura e Manchete, artigos para jornais da região, do estado e de outros estados, bem como, entrevistas para emissoras de rádio, tornando-se um ponto de referência sobre informações econômicas relativas ao Sul de Minas.

Em 1997, recebeu em reconhecimento ao seu trabalho, o Prêmio FAEPE do Mérito Universitário, área de Extensão, como o professor que mais divulgou o nome da UFLA, nos últimos cinco anos.

Para o Professor Ricardo, a família é algo precioso. É casado com Lídia Cássia Andrade Reis com quem tem as filhas: Fernanda e Luciana.



Mesmo com a agenda sempre cheia de compromissos, reserva um tempo para a esposa, filhas, familiares e amigos. É católico praticante e participante. Já ministrou palestras, juntamente com sua esposa, nos cursos de noivos da Matriz de Santana.

Para manter a forma física, pratica corrida três vezes por semana e quando sobra tempo, confessa, adora assistir um bom filme policial e saborear um legítima comida mineira.

Professor Ricardo é um profissional respeitado no meio universitário, tanto por seus pares, como por seu alunos e por todos aqueles que com ele convivem.

Sua competência e seus inúmeros títulos não superam sua humildade, seu caráter, bem como, a forma atenciosa de atender a todos que o procuram. É um profissional que se tornou motivo de orgulho para a família, para a UFLA, para Lavras.



O PROFESSOR DOUTOR RICARDO PEREIRA REIS é Gente da Terra.

15 comentários:

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Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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